sábado, 9 de abril de 2011

"Jamais homem algum falou como este homem...!" (Jo 7, 46)

Esta foi a resposta dos guardas aos príncipes dos sacerdotes e fariseus quando indagados do porque de não terem trazido preso Jesus (Jo 7, 40-53). E a resposta daquele (es) soldado (s) foi mais uma das muitas passagens onde o Poder da Palavra de Deus contida em Jesus se tornara irresistível ao coração que a ela dá atenção e abertura. E as Escrituras vão mostrar, quase sempre, que aqueles que dão ouvidos às Suas palavras são os "menores", os que simples, os "ignorantes"...Foi assim com aqueles soldados, como foi com a samaritana, o cego, dos dez, que voltou (também, samaritano), a mulher cananéia, os galileus, que eram considerados quase como uma sub-raça, como acontece com os nordestinos por parte de determinadas regiões mais "evoluídas". É no coração daqueles que Jesus chamou de "pequeninos" (Mt 18, 14) que essa Palavra encontrou, naquela época, e até os dias de hoje seu melhor refúgio e aplicação; existem as exceções, claro, mas é no coração atribulado, sofrido, necessitado, como do órfão, da viúva e do estrangeiro, do mendigo, do enfermo, que essa Palavra pôde encontrar terra boa. Nestes: como os soldados dessa passagem do Evangelho, como foi com Pedro no Discurso do Pão de Vida (Jo 6, 22-71), quando aquela multidão, inclusive a maior parte dos discípulos abandonaram Jesus restou apenas os doze e o Senhor ao lhes perguntar: "Quereis vós também retirar-vos?" (vers. 67) e a resposta de Pedro: "Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna" (vers. 68), é que a Palavra de Deus vai ser mais impactante, pois não encontra oposição nem questionamento. E por quê acontece dessa maneira? Pedro na sua resposta a Jesus indica o por que: as palavras de Jesus estavam, e estão carregadas, do eterno; não são palavras que alienam, como infelizmente muitos querem mostrar por aí, mas são palavras que conseguem transportar o homem da sua condição imperfeita, desfigurada, de pecador infeliz, para uma condição de filho de Deus, que guarda em sí a sua essência divina, perfeita. Por isso que ao encontrarem-se com Jesus muitos caíam-lhe aos pés: não resistiam a força do divino, mas após serem imersos nas palavras de vida eterna e devolvidos à sua condição de filhos diletos de Deus, punham-se de pé. É maravilhoso isso! Pena que muitos hoje não procuram deixar-se mergulhar nesta Palavra, que é viva (pois Jesus fala por ela, sim!) e eficaz (pois produz efeitos impressionantes) na vida de quem a ouve com os ouvidos do coração; e assim como Jesus fazia, em pessoa, é capaz de por o homem de pé na sua condição de filho de Deus novamente. São João experimentou isso, assim como os demais apóstolos, e assumindo essa condição de filho exclamou: "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato." (I Jo 3,1). As palavras de Jesus não exprimiam outra coisa, senão este imenso amor do Pai por cada um, e estas palavras mexeram profundamente com aqueles soldados, como tem mexido com muitos ao longo destes dois milênios. Que seja assim com você também, que você possa, iluminado pelo Espírito Santo, constatar que nenhuma mente, por mais brilhante que seja, terá a capacidade de "falar como este Homem". Dê ouvidos à Palavra de Jesus e seja feliz. Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

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