quarta-feira, 29 de junho de 2011

"Há quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna!" (Jo 6, 68)

"Na praia desse mar estarão pescadores; eles estenderão suas redes desde Engadi até Engalim, e haverá aí peixes de toda espécie em abundância, como no grande mar" (Ez 47, 10). Esta passagem prenuncia o encontro de uma "Água" (Ez 47, 8), certamente Jesus, a Água Viva (Jo 4, 10), com pescadores (Lc 5, 2).
Dentre estes, o primeiro há que o Senhor Jesus se dirige é Simão (Lc 5, 3), quando pede para subir na sua barca. Será por quê logo na barca de Simão, já que havia outra barca ao lado, provavelmente de Tiago e João? E narra a passagem que ao terminar sua pregação ao povo, dirige-se novamente a Simão e pede: "..., lançai as redes para pescar" (Lc 5, 4).
Ao retrucar Simão responde: "Trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos, mas por causa de tua palavra, lançarei a rede" (Lc 5, 5). Feito isso, diz a Palavra que "apanharam peixes em tanta quantidade, que as redes se lhes rompia" (Lc 5, 6). Testemunhando tal prodígio Simão, que já tinha sido apresentado a Jesus por André (Jo 1, 40-42), neste encontro presencia o poder do Filho de Deus e ao reconhecer isto exclama: "Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador" (Lc 5, 8).
O Senhor não se retira, mas ao contrário, dirige-se a Simão e diz: "Não temas; doravante serás pescador de homens" (Lc 5, 10) e "Atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram" (Lc 5, 11).
Hoje, 29/06, é dia de São Pedro, este Simão, que juntamente com seu irmão André, Tiago, João e ou demais foram profetizados em Ezequiel. Este Simão, que até o dia da profissão de fé quando questionado por Jesus: "E vós quem dizeis que sou?" (Mt 16, 15), e ele ao responder: "Tu és o Cristo, o filho de Deus vivo!" (Mt 16, 16), recebe do Senhor um adendo ao seu nome: "E Eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16, 18).
Simão, o escolhido de Jesus para apascentar as ovelhas (Jo 21, 17), quer dizer areia, mas a Igreja tinha que ser edificada sobre algo firme, daí Pedro, pedra. Este foi o escolhido como continuador da missão de Jesus, este que mesmo na sua ignorância e rusticidade, foi capaz de proclamar palavras profundas como no discurso de Pão de Vida (Jo 6, 22-71), quando Jesus ao ser abandonado pela quase totalidade de seus discípulos, restando apenas os doze, questiona: "Quereis vós também retirar-vos?" (Jo 6, 67), Pedro responde: "Há quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna!".
A mesma Palavra viva que já havia professado fé quando disse: "por causa da tua palavra, lançarei a rede". Pedro teve seus momentos humanos de fraqueza, como na passagem da negação de Jesus (Jo 18, 17.25.27), mas havia um plano de Deus para ele. E após Pentecostes este simples pescador assumiu sua missão junto com os demais para levar a termo o ide de Jesus e transmitiu essa Palavra de vida eterna que permanece até hoje.
Bendigamos e louvemos a Deus que pelo sim deste servo fiel, fiel até a morte de cruz, como o Rei dos Reis, pelo seu sangue e dos demais apóstolos tornaram esta Igreja "pescadora de almas" para o Reino de Deus.
Deus nos abençoe, descendência dessa fidelidade, em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

"Eu e minha casa serviremos ao Senhor" (Josué 24, 15)

A família é um alvo preferencial do inimigo de Deus desde os primórdios quando da criação de Adão e Eva, pois é uma obra de Deus, e o que é de Deus está na mira do destruidor. A partir de então, satanás vem aprimorando seu arsenal de especialidades para dilapidar aquilo que é belo e precioso para o nosso Pai.
Ao longo das gerações isso tem se dado de forma sistemática com relatos bíblicos de fornicação, adultério, onde até homens de Deus como Davi, Salomão, foram vítimas de suas fraquezas carnais.
Poucos foram como Josué que ao liderar o povo de Israel e responsável por introduzí-los na terra prometida, após a morte de Moisés, e que viu-se, já nesta nova terra, cercado por povos com costumes e culturas estranhos e abomináveis a Deus, principalmente no que dizia respeito à idolatria, e que vendo povo de Israel, que tinha passado quatrocentos anos cativo no Egito e contaminados pela adoração a outros "deuses", sendo seduzido pelas práticas destes novos povos, manter-se firme na sua fidelidade a Deus e declarar: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor".
Hoje, o inimigo com seu arsenal de modernidade, infundido na mente das pessoas que "os tempos são outros", que "o mundo mudou", que aquele modelo de sociedade do tempo dos nossos avós já é passado, vai realizando, a princípio sorrateiramente, mas agora, escancaradamente, seu projeto de destruir a família que nada mais é que o desejo do Pai de repetir na terra o modelo de unidade, amor, comunhão existente no céu: a Santíssima Trindade.
Aqui deveria ser o homem, a mulher e Deus formando essa união perfeita, tanto que o Senhor Jesus quando interpelado sobre o divórcio declara: "Não separe o homem o que Deus uniu" (Mt 19, 6), mas satanás, que não é homem, insiste em desobedecer essa ordem, e aprimora seu empenho em romper essa unidade. Aconteceu com Adão e Eva e vem acontecendo nos dias de hoje.
Então, vê-se nestes dias, por exemplo, um aceno à união descompromissada: "se der certo, bem; se não, separa!"; a união moderna: casais morando em casas separadas; aversão ao matrimônio ("papel não trás felicidade!"); troca de casais ("suing") para "apimentar a relação"; autorização para o cônjuge ter uma relação extra-conjugal; e agora, até a liberdade de praticar a bigamia.
Para completar vem os "famosos", os estudiosos, dizerem que este modelo tradicional de união é uma "instituição falida". Não vêem que é por tudo isso que hoje se tem uma sociedade falida, onde casamentos, não matrimônios, não duram; daí surgem filhos rebeldes e revoltados, que serão os potenciais maridos violentos e esposas descompromissadas com a educação dos filhos.
Destas uniões fadadas ao insucesso, virão os filhos abortados, abandonados, que aumentarão a massa dos disseminadores da violência, daí muda-se o foco para a ausência de políticas públicas do estado, quando na verdade tudo passa por uma dilapidação do modelo de família que estes que depois ficam abismados, estupefatos, por verem notícia como daquele rapaz que matou o pai e a mãe e depois foi a uma loja de conveniência comprar cerveja, enquanto maquinava que mentira inventaria para a polícia.
O Apóstolo São Paulo diz em I Cor 3, 16: "Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?", todos os que agem, influenciados pelo inimigo, possuem o Espírito de Deus recebido no batismo, e este Espírito habita num templo que deveria ser santo (o próprio corpo), mas dá-se lugar à devassidão, a concupiscência, à fornicação, e esse templo vai sendo destruído aos poucos. Por isso são famílias que surgem fadadas à destruição.
Mas a mesma passagem de I Cor 3, 17 São Paulo diz: "Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado - e isto sois vós". Todo homem, todo artista de televisão, apresentador, político, profissional liberal que tem trabalhado para que os templos de Deus sejam destruídos a Palavra é bem clara: serão destruídos. Mas felizes aqueles que se mantém firmes em declarar, assim como Josué: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor", serviremos para propagar que a família aos moldes de Deus é necessária para que este mundo não mergulhe num caos total.
Oremos para que, principalmente aqueles que trabalham contra a família santa, abram seus olhos e coração a Deus e passem a ser edificadores do templo de Deus, pois o próprio Senhor declara: "Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma" (Sabedoria 1, 13), afim de que tenhamos uma sociedade mais pacífica e ordeira.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

"Uma voz clama no deserto" (Mc 1, 3)

Hoje (24/06) dia de São João Batista, tem festa junina, tem comida típica, danças, diversão..., mas o santo, propriamente, este passa ao largo de qualquer lembrança ou alusão nestas festividades, nada contra a expressão cultural, mas relegar a pessoa de tão fiel servo de Deus a último plano, é algo que não se pode deixar de observar.
Tendo a missão de ir a frente anunciando o Filho de Deus, "Aquele ao qual não era digno de se prostrar para desatar-lhe a correia do calçado" (Mc 1, 7), apresentava-se como "A voz que clama no deserto", foi São João imbuído da mesma missão que todo o que recebe um chamado a evangelizar: anunciar ao povo Aquele que redime os pecados e restaura o pecador.
Não foi para este servo de Deus, como não é para ninguém que assume o mandato de Jesus de "ir e evangelizar" (Mc 16, 15), anunciar o Evangelho há tantos almas "desérticas", "áridas", onde diz a própria Palavra que, para frutificar, ou seja, produzir conversão, é necessária que seja "terra boa" (Mt 13, 8). Como, então, obter um bom resultado?
São João Batista viveu essa situação complicada, exortando ao povo, judeu e pagão, que "aplainassem as suas veredas" (Mc 1, 3), ou seja, deixassem de seguir por caminhos errados, abandonassem toda atitude de desagrado a Deus. Mas quem anda no "deserto", ao sabor de suas convicções, intuições e vontades próprias, não sabe na verdade que rumo tomar, nem que rota seguir, apesar de que sempre do alto do seu orgulho próprio sempre tem a impressão de estar no controle da situação, e assim, acaba por se perder; e como o "deserto" não perdoa, o fim é a morte. A única solução estava, portanto, em Deus e Naquele há quem anunciava: Jesus.
A Palavra de Deus diz que: "Quem de vós tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?" (Lc 15, 4), portanto, no "deserto" da vida é onde se encontra essas "ovelhas desgarradas", lá onde só há secura, solidão, frio ou calor demais, perigos de toda espécie...Neste cenário foi onde pregou São João afirmando a todos que: se pelo pecado naquele lugar entraram, viria, um Homem que com seu perdão e amor daquele lugar os tiraria.
Desta forma, neste "dia festivo" deveria haver, na verdade, "momento de reflexão" a respeito da necessidade que se tem de mais "Joãos Batista" com vozes exortadoras a falar a essa multidão de "vidas desérticas" que busquem o socorro Naquele que é o único capaz de penetrar este deserto, resgatar esta vida, trazê-la para local seguro e introduzí-la em lugar de beleza, fartura, companhia de outros já resgatados, clima propício, e livre de perigos: o céu, que já se inicia nesta vida quando Jesus passa a ser o Senhor de nossas vontades, pois aprende-se a compreender o que diz a Palavra: "Há caminhos que parecem retos ao homem, e contudo o seu termo é a morte" (Pv 16, 25).
Seja também você essa voz de Deus, de Jesus Cristo, da Santa Igreja, a clamar a essas, e por essas vidas que precisam deixar este deserto, para onde são arrastadas pelo inimigo sob uma falsa aparência de bom e belo, enquanto ainda há tempo.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 21 de junho de 2011

"Quem se importa?"

Assistir estupefato àquela máfia de homens da saúde de Sorocaba que, com atitudes que vão frontalmente de encontro ao próprio "Juramento de Hipócrates" que um dia fizeram perante uma multidão, demonstrando desrespeito e desinteresse pela condição humana, percebe-se que a cada a vida tem valor desprezível.
Um traficante não tem nenhum código de ética na sua conduta; um homicida, também não. Agora profissionais que prepararam-se, sob um código que os impõe respeito para com aqueles há quem deveriam servir, e vão na contramão do que se espera, sabendo que suas atitudes de total negligência podem ter como consequência mortes, isto é inaceitável.
Percebe-se que este é somente mais um caso onde a banalização da vida é o resultado da postura vil, mesquinha e egoísta de pessoas que não primam pelo bem-estar do próximo, pois como meta principal está o seu bem-estar próprio. Pactuam, portanto, daquela célebre frase do personagem de Chico Anisio (que era um deputado!), que dizia, com todo o desprezo: "Eu quero que pobre se exploda... Eu quero é me dar bem!".
É triste saber que o suplício de enfermos nas mais diversas condições não seja, não signifique, nada para estes "profissionais"; é duro saber que ocupa mais espaço na mente desses sujeitos a condição financeira e patrimonial, os bens, que o sofrimento de pessoas que passam todo tipo de penúria em busca de um tratamento digno.
Há estes o Senhor Jesus tem uma Palavra: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a riqueza" (Mt 6, 24). Mas, o que acontece nesse triste episódio? O "senhor riqueza" é a opção dessas pessoas, que sem nenhum tipo de temor de Deus, ou crença mesmo, fazem sua opção por sí mesmo em detrimento do outro.
No afã do apego desmedido a esses "tesouros" que "a ferrugem e as traças corroem" (Mt 6, 19), desprezam por completo a vida do próximo, daí agirem de forma tão fria e indiferente. Desagradam por tudo a Deus que, mostra no Evangelho que o amor ao próximo é a forma mais perfeita de amar e agradar a Deus, o Deus da Vida. A sanha voraz pelo "ter" para "ser" não vê escrúpulos nas atitudes, "coisificando" pessoas para "humanizar" coisas: o dinheiro e o poder tornam-se seus amigos íntimos.
No que se refere às vítimas: quem se importa? Quem será por eles? Ninguém outro senão Deus. Ele que afirma na Sagrada Escritura: "Se meu pai e minha mãe me abandonarem, o Senhor me acolherá" (Sl 26, 10), porque "o Senhor é bom e misericordioso" (Sl 102, 8), pois em meio a tantos corações de pedra, Ele sempre levantará aqueles de bom coração, pois "na tribulação invoquei o Senhor, ouviu-me o Senhor e me livrou" (Sl 117, 5).
É justo ressalvar que em meio a estes "árvores de maus frutos" (Mt 7, 17), existem aquelas de "bons frutos" (Mt 7, 17) que honram a sua profissão e a desempenham com desvelo e retidão. Porém, a estes desviados todo repúdio e reprovação, e que Deus os faça despertar para o mau que causam e passem a ter os seus corações em outro tesouro (Mt 6, 21): Jesus, Caminho, Verdade e Vida (Jo 14, 6).
Seja assim também com todo aquele que ainda carrega em sí essa tendência a optar pelo "senhor riqueza"; que faça sua opção pelo único e verdadeiro Senhor: Deus, que faz opção pelo pobre e humilde.
Deus te abençoe no nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

domingo, 19 de junho de 2011

Deus cria, Jesus salva, o Espírito santifica!

A Palavra em várias passagens nos mostra essa característica trina de Deus, porém nenhuma delas é tão complexa como o mistério da Santíssima Trindade, motivo de questionamento para muitos, mas parte integrante daquele que professa uma fé cristã.
A Trindade é exemplo de perfeita unidade, assim como é a unidade que há entre o ar, a água e a luz, essenciais para planta a gerar o fruto; assim como é a unidade entre o espermatozóide, o óvulo e o útero, essenciais para a mulher a gerar a criança. A Santíssima Trindade, portanto, em unidade trabalha para também gerar vida.
Em Gn 1, 26 Deus diz: "Façamos o homem a nossa imagem e semelhança", havia, portanto, mais de uma pessoa com a finalidade de gerar uma outra vida. O homem, como imagem e semelhança, deveria repetir essa dinâmica, tanto que a Adão e Eva Deus ordena: "Frutificai, disse Ele, e multiplicai-vos..." (Gn 1, 28), deveria ser, agora, Adão, Eva e Deus, numa unidade de amor frutificando e produzindo mais vida.
Esse plano foi frustrado, o homem decaiu, perdeu a dimensão, a amplitude do real projeto de Deus, passou apenas a ser criatura, que em virtude do pecado não consegue compreender que este é o projeto de Deus, daí tantas uniões que não geram os frutos que deveriam gerar, pois o componente principal foi cada vez mais sendo deixado à margem.
Entretanto, Deus Pai, em sua infinita bondade e misericórdia, continua a soprar vida sobre as criaturas, que já vem a este mundo com a tendência a rejeitá-lo em detrimento das suas vaidades e orgulhos, acumulando pecado sobre pecado e trilhando um caminho de perdição: caminho de morte.
Mas Deus Pai que cria e sopra sobre o homem vida, "amou o mundo de tal maneira que nos Deus seu Filho único, para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16), pois o próposito de Deus é que todos sejam salvos, e somente o Deus Filho tem poder de salvar, pois afirma a Palavra: "Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4, 12).
E a salvação vem de aceitar a Deus Filho como Senhor e salvador, e isso só pode se dar mediante um ato de fé , é o que diz a Palavra em Rm 10, 9: "Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo", e a fé é um dom do Deus Espírito Santo (I Cor 12, 9), Espírito que nos convence do pecado (Jo 16, 8-9), e que nos santifica (Rm 15, 16).
Essa obra redentora tem início no batismo (Mc 16, 16), quando cada um recebe este sacramento em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas que em virtude das fraquezas da carne ser necessário, em algum momento da vida, uma experiência pessoal com Deus Filho por meio do Deus Espírito Santo.
E o lugar ideal para essa vivência com a Santíssima Trindade é a Igreja, a Santa Missa, onde Ela é invocada nos ritos iniciais, passando pelo ato penitencial, hino de louvor, oração eucarística, Pai Nosso, até a benção final. A Trindade é, portanto, parte fundamental da nossa vivência cristã, pois, no Pai Criador, no Filho Salvador e no Espírito Santificador, temos toda a graça necessária para ter vida nova e na imersos nessa Trindade Santa, também sermos capazes de gerar e lutar pela vida, dom de Deus e graça maior, renunciando a todas as formas, legais ou ilegais, de atentado contra este bem maior.
Deus te abençoe em nome do Pai que te criou, de Jesus que quer a tua salvação e do Espírito Santo que te vivifica.

domingo, 12 de junho de 2011

Cristãos pipoca ou caroço de pipoca?

Essa reflexão me foi inspirada quando ensaiava alguns cânticos para uma reunião do grupo de oração que faço parte, e ao cantarolar a canção da "pipoca" (é um tal de poc, po, poc, poc, poc,...), que todo carismático conhece, comecei, então, a meditar sobre esses dois tipos de cristãos: o pipoca e o caroço de pipoca.
Caso fisesse um experimento: em duas bacias, uma cheia de pipocas em caroço, e outra com pipoca preparada, pronta para comer, qual bacia seria mais procurada? Certamente, a resposta, e a constatação mais óbvia seria: a que tem pipoca pronta para comer! E por quê não se faz opção pela outra?
Perceba que pipoca sem estar preparada não tem graça, não é comestível, isso só vai acontecer se for ao fogo. A semente do milho de pipoca tem uma "casca" resistente, e que só se rompe com o calor. Agora o interessante é que o que faz a semente estourar é a água contida no interior da mesma, que em virtude da temperatura elevada proporciona uma pressão interna o que faz a "casca" se romper e o cotilédone (parte comestível) ficar à mostra pronto para saborear.
Assim é com todo cristão. Nascemos com essa "casca", esta película resistente, fruto do pecado original. O batismo (a água) retira esta película, mas ao longo da vida voltamos a pecar e a "casca" se refaz, porém a água continua lá. Para que esta película se rompa é necessário, então, que seja aquecida; e quem faz isso? O Espírito Santo. Os apóstolos que estavam no cenáculo viveram essa experiência. Ao serem expostos às "linguas de fogo" do Espírito Santo (At 2, 3) viram essa "casca" se romper, tanto que narram as Sagradas Escrituras que se encontravam "trancados na sala do cenáculo" (J0 20, 19), mas após aquele Pentecostes, saíram, libertaram-se da "casca" e mostraram o melhor de sí: a presença de Jesus Cristo em suas vidas.
Assim como a semente do milho não tinha sabor, atrativo, não tinha "graça", agora, assim como o milho "estourado", os apóstolos libertos do aprisionamento puderam mostrar um sabor atrativo, tanto que ajuntaram às portas milhares de pessoas (At 2, 6) e São Pedro, aquele sem sabor, que negou Jesus três vezes (Jo 18, 17-27), agora com todo o sabor do Espírito professa a ressurreição de Jesus e converte quase três mil (At 2, 41).
A Palavra nos mostra, portanto, que cristão que tem "graça" é cristão que tem Jesus vivo em sua vida, e quem faz essa obra miraculosa é o Espírito Santo. Infelizmente, o que se vê são cristãos caroço de pipoca, sem sabor e sem "graça", que não possuem atrativo, mesmo quando falam de Jesus. E num mundo onde as pessoas são cada vez mais atraídas pelo sabor atrativo do pecado, que como diz a canção de Pe. Zezinho é que nem laranja-lima: "só é doce no momento, mas logo após tem gosto amargo até demais", o sabor do Espírito Santo que tem essa doçura constante tem de fazer a diferença.
Os apóstolos disseminaram esse "bom sabor" pelo mundo e seus sucessores vieram, ao longo da história da Igreja fazendo o mesmo; porém, esse Pentecostes tem arrefecido, necessitando ser atualizado urgentemente, pois a cada geração o inimigo de Deus aperfeiçoa outros "falsos sabores" que seduzem e matam há muitos filhos de Deus.
"Espírito Santo, faz com teu fogo abrasador, esses cristãos que ainda estão na "clausura" do medo, da indiferença, do descompromisso com o Evangelho de Jesus, tornem-se pipocas estouradas, saborosa, atrativas, pelo doce sabor da presença do Senhor Jesus Cristo. Amém!"
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

sábado, 11 de junho de 2011

"O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir" (Jo 10, 10)

Essa reflexão deu-se após a uma palestra de um jovem que trabalha com recuperação de viciados em drogas, além de uma reportagem do Bom dia Brasil, onde, em meio a reflexões, lembrei das palavras de Jesus no Evangelho de São João que dá título a esse texto.
A forma como o Senhor Jesus Cristo descreve o inimigo, satanás, e a sua natureza, não deixam qualquer sombra de dúvidas sobre sua intenção: destruir fisica e espiritualmente os filhos de Deus.
E por quê isso? Porque Deus se importa conosco, tem um propósito para as nossas vidas: a nossa salvação (I Tm 1, 15); já para com ele, o inimigo, o seu destino já está traçado: "Então o tal ímpio se manifestará. Mas o Senhor Jesus o destruirá com o sopro de sua boca e o aniquilará com o resplendor de sua vinda" (II Ts 2, 8). Essa é a causa do seu ódio aos filhos de Deus, porque para nós ainda há uma chance, para ele não.
Por isso, ao longo da história, satanás vem aperfeiçoando sua metodologia destruidora a medida que o homem avança em conhecimento, modernidade,...: no princípio guerras, enfermidades, e nestes tempos o stress fruto da ganância de conquistar, acumular, ter; a depressão, dentre outros.
Porém, nenhum tem sido mais nocivo ao homem do que os vícios; e neste item destaca-se de forma espantosa as drogas. No princípio a bebida alcoólica e o fumo que datam de séculos antes de Cristo, mas que de longe, apesar de serem a porta de entrada, não fazem nem sombra às drogas psicotrópicas: essas sim são o "câncer" implantado pelo inimigo nas sociedades para promover todas as mazelas que hoje assistimos, lemos ou escutamos assombrados e preocupados.
Quanto as drogas, algo passa despercebido aos olhos desatentos, mas até o grau de letalidade dessas substâncias quanto à eficácia em matar, torna-se cada vez mais aperfeiçoado. No princípio a maconha, que hoje para alguns é tão "inofensiva" que já há pedidos para sua legalização. Posteriormente, veio a fase do LSD, cocaína, heroína, drogas bem mais perigosas, e de tratamento mais complicado.
Surge, então, há que se acreditava ser a mais terrível: o crack (subproduto da cocaína) de vício rápido e de tratamento muitas vezes mais complicado que os anteriores. Mas não satisfeito, o inimigo usa os seus para ir mais a fundo e surge agora a pior de todas, por enquanto: o óxi. Subproduto do crack, que trás na sua composição componentes como calcário, querosene e até solução de bateria, é de vício instantâneo, e pelos danos que causa quase que de improvável tratamento, pois a extensão dos danos, principalmente neurológicos são devastadores.
Observa-se, assim, que o inimigo de Deus trabalha para não dar chances aos filhos de Deus, e assim vê-se que o homem tem sido alvo do aperfeiçoado arsenal de morte de satanás. Infelizmente, ao contrário de uma guerra onde um país procura aperfeiçoar suas defesas quando fica sabendo que o inimigo está desenvolvendo armas de morte mais eficientes, os filhos de Deus não tem se importado em também aperfeiçoar suas defesas, defesas estas que Jesus já deixou a indicação: "Vigiai e orai para que não entreis em tentação" (26, 41).
Orar e vigiar, essa é a arma, pois a tentação do convite dos falso amigos, ou daquele traficante cheio de astúcia para quem não pratica essa ordenação de Jesus será fatal. A curiosidade ou a vergonha de ser criticado na sua roda de "amizades" o levará a experimentar e aí...só Deus, pois, o tratamento clínico, por mais eficaz que seja, não produz os efeitos que o poder de Deus pode produzir. Não que aqui esteja a dar a entender que não se busque o auxílio médico, mas o que se quer dizer é que o auxílio espiritual, também tem de ser parte da recuperação.
Porém, como em qualquer enfermidade o melhor é a profilaxia, a prevenção, e o melhor neste caso é prevenir, orando e vigiando, pois uma vez tendo caído no "laço do caçador" (Sl 90, 3), só Jesus pode soltar, pois é Ele quem afirma: "Se portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres" (Jo 8, 36). Desta forma, é necessário cada cristão ter em mente que a natureza do inimigo é esta: matar, roubar e destruir, e que por isso deve-se ter em Deus, em Jesus, a proteção diária contra as investidas dele e suas astúcias.
Dessa forma, ore e vigie, por você, pelas famílias, e por aqueles que, infelizmente, já estão vivendo essa triste realidade e suas famílias que são os que sofrem junto.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Em toda semente uma bela árvore...e muitos frutos..e mais vida!

Jesus soube mostrar, de forma simples, mas com profundidade e sabedoria que a criação é uma lição de vida. Quando dizia: "Considerai como crescem os lírios do campo, não trabalham nem fiam. Entretanto, Eu vos digo que o próprio Salomão no auge da sua glória não se vestiu como um deles" (Mt 6, 28-29). O Senhor usava a criação para falar sobre a necessidade de crermos na providência divina e na bondade de Deus que tudo dá.
Assim, a criação mostra a sabedoria de Deus. É o que se vê com a semente. Esta carrega em sí um embrião, uma pequena porção de vida que futuramente tornar-se-á árvore bela e esplendorosa a produzir frutos que conterão em sí muitas outras sementes e muito mais vida, pois a criação mostra que vida tem de gerar vida.
Assim todo ser humano também já foi semente, gerada da união de duas outras sementes, que trás dentro de sí uma pequena porção de vida, por isso ser inaceitável esta idéia dos "abortistas" que uma célula fecundada ainda não contém vida. Da mesma forma que a semente tem de ir ao solo para que aquela "casca" se rompa e possa germinar, aquele ser que nasce também tem de ir ao coração de Deus no batismo para que a "casca" do pecado original seja retirada para que aquele ser possa germinar como vida nova. Quem faz a casca da semente se romper é a água do solo, quem faz a "casca" do pecado se romper é a água do batismo, que na verdade é o sangue de Jesus.
Germinada, aquele embrião segue seu processo de crescimento tornando-se pequeno broto, que se tornará em breve uma plantinha, que após algum tempo será um arbusto, até tornar-se árvore crescida. O homem também é broto (bebê), que se tornará plantinha (criança), que após algum tempo será arbusto (adolescente), até tornar-se árvore crescida (adulto).
Porém, planta e homem tomam rumos diferentes, mesmo que o propósito seja o mesmo: gerar frutos e mais vida. A semente não se desvia do seu propósito seguindo o destino traçado de forma correta e fiel do começo ao fim, mas o homem não é bem assim: chegando no estágio entre plantinha e arbusto entra na idade da razão onde já distingue o bem do mal, o certo do errado, e o pecado, infelizmente, vai fazer aquela "casca" se refazer.
A planta não vivendo isso terá sempre na luz solar a sua força para crescer e gerar mais vida, o homem por causa dessa "casca" vai tornando-se cada vez mais privado da Luz de Deus: Jesus. Sem essa luz não consegue ir para o estágio final: frutificar e gerar mais vida. Ao contrário, é planta estéril, planta inútil, cujo destino é secar e morrer, e a estes Jesus é incisivo em dizer: "Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo-á ao fogo, e queimar-se-á" (Jo 15, 6). Árvore inútil é árvore relegada à destruição.
Como seria diferente a visão do homem sobre a vida se pudesse ver que a criação ensina coisas tão profundas, principalmente, a obediência aos propósitos do Senhor. A semente vai cumprir o desígnio de Deus sem contestação; o homem por seu livre arbítrio abandona os desígnios do Senhor para fazer sua vontade própria, e nessa resolução vai até de encontro àquilo que é vontade de Deus: matar a vida, em vez de produzir mais vida. São árvores de frutos podres.
Mas até a essas Deus dá uma nova oportunidade quando diz: "Mas o viticultor respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo". É Jesus rogando ao Pai uma nova oportunidade para essas "árvores infrutíferas", é Jesus mostrando o amor de Deus para com todos.
A criação, portanto, cumpre a sua missão desde a semente até a mais bela árvore, que é de gerar muitos frutos, e muitas sementes, e muito mais vida, elas cumprem seu papel evangelizador. Assim deve ser todo gênero humano: do embrião ao adulto gerar muitos frutos, e muitas sementes, e muito mais vida, "a trinta, sessenta e cem por um" (Mt 13, 8), e assim cumpramos, também, a nossa missão evangelizadora.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ser diferente é fazer o bem, sem esperar recompensa!

Notícia do site BOL: "Bizarro! Americana põe 3.200 piercings de uma só vez". Qual a finalidade, segundo o texto da notícia? Entrar para o livro dos records (Guiness).
Realmente é bizarro, absurdo, saber que alguém se presta há uma verdadeira sessão de masoquismo como essa, pois uma das fotos da sessão a mulher chora de dor, para alcançar um reconhecimento e visibilidade em troca de satisfazer o ego e ser notícia.
Assim, como ela, quantos não estão sendo noticiados constantemente cometando bizarrices semelhantes com a mesma finalidade. Porém, alguns argumentam que fazem essas coisas porque dizem não aceitarem ser "mais um na multidão", mas que querem ser diferenciados. Mas, o que é ser diferente?
Segundo os padrões desse mundo é, primeiro: causar polêmica; segundo: satisfação pessoal (satisfazer vaidades pessoais). Porém, existe maneira mais eficaz de ser diferente, mas essa forma de ser muitos poucos querem. Essa forma é fazer a vontade de Deus; e uma dessas maneiras é cumprir os Mandamentos, onde o principal deles é: "Amar a Deus, ao próximo, como a sí mesmo" (Mt 22, 37-39).
A melhor forma de amar a Deus é amando e fazendo o bem ao próximo, tanto que São Paulo já exortava: "Aplicai-vos a fazer o bem diante dos homens" (Rm 12, 17) ou "Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos se não relaxarmos" (Gl 6, 9), e fazendo o bem ao próximo é consequência fazer o bem a sí, pois "todo o bem praticado para com o irmão, reverter-se-á em um bem para quem o pratica", assim como o mal, também terá o mesmo efeito.
Neste caso, alguém que pratica tão grande mal ao seu corpo, poderá pensar em fazer o bem ao próximo? Provavelmente, não, pois Jesus já advertia em Mt 6, 2: "Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam a sua recompensa"; essas pessoas querem "aparecer"; os que trabalham para servir confiam que não precisam se mostrar para homens, pois Deus que vê e sabe tudo está vendo e saberá compensá-los no tempo certo, mesmo que seus gestos de bondade não sejam reconhecidos.
Os fervorosos em aparecer deste mundo querem ser reconhecidos, ser aplaudidos, serem elevados; os fervorosos em Deus não se preocupam com isso, pois sabem que "os que procurarem se elevar serão humilhados" (Mt 23, 12). Esta mulher não consegue ver a dimensão da humilhação que o inimigo a impôs sob o pretexto de fazê-la conhecida por causa de uma recompensa momentânea.
Que Deus lhe abra os olhos, assim como de tantos "cegos" que ainda não perceberam que atitudes extremadas como essa são mera ação do inimigo para humilhar e rebaixar os filhos de Deus sob o pretexto velado de fama e sucesso. Queira Deus ela, e tantos outros descubram que ser diferente é fazer o bem, mesmo que não haja gratidão ou recompensa nesta terra, pois tudo está reservado para o Reino dos céus.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Tudo me é permitido, mas nem tudo convém" (I Cor 6, 12)

O grau de permissividade há que o ser humano tem chegado está próximo do surreal. Quando se assiste ou se acessa a internet, depara-se, dia após dia, com todo tipo de absurdo que, para aqueles que acreditam que a vida que se tem é pautada, também, por limites, surge a inquietante indagação: onde está o limite?
A Palavra diz: "Tudo me é permitido...", ou seja, o livre arbítrio possibilita a liberdade para agir, fazer, praticar, atos e ações da forma e maneira que aprouver, porém, a mesma Palavra de Deus acautela: "..., mas nem tudo convém", logo, o homem pode viver e experimentar tudo o quanto sua liberdade pessoal lhe impulsionar a fazer, contanto que tenha consciência do que lhe pode acarretar tais atitudes.
O que inquieta é isto. O homem de hoje: moderno, avançado, além do seu tempo, ou seja qual for a expressão, não tem plena consciência do que esse "modernismo", principalmente no que diz respeito aos relacionamentos e afetos pode lhe acarretar. Muitos até pensam saber e conhecer as consequências, porém, alheios à dimensão dos estragos que esses comportamentos "avançados" realmente lhes trará.
Isso é observado explicitamente nos relacionamentos afetivos onde o descompromisso e o desinteresse para com os sentimentos do outro estão cada vez mais relativizados. É impressionante como se brinca com os sentimentos alheios sem o mínimo constrangimento ou respeito; assim o "ficar", uma das expressões desse "modernismo", tornou-se o padrão da moda, onde, em outras palavras: "o que começa aqui, termina aqui!", ou seja, "nada de mais sério!". O problema é que, geralmente um dos dois acaba se envolvendo de forma mais séria, e aí?
O que vai acontecer é que na próxima festa, na próxima "balada", estará lá a pessoa com outro (a), e o que vai ficar é a frustração, a angústia de saber que o que "rolou" não significou nada, foi meramente uma vazão aos apetites sensuais, que muitas vezes acaba em uma relação íntima, que mesmo assim não teve significado qualquer. Isso vai criando pessoas insensíveis aos sentimentos alheios. Não há a menor relevância saber que aquela pessoa agora possui no coração um sentimento mais sério, mais profundo, um desejo de continuidade no que foi iniciado. Porém a outra parte diz: se eu não sinto nada, de nada me importa saber se o outro sente algo por mim.
Quantos hoje são vítimas dessa situação? Pessoas cheias de recalques, frustrações, mágoas, ressentimentos...é essa a multidão de pessoas que este mundo permissivo tem produzido; que diz que tudo pode, mas quando se depara com as consequências o máximo que sabe dizer é: "que pena! coitadinho (a)!", e não assume a sua parcela de culpa. Os que fomentam essas situações são culpados, mas eximem-se de responsabilidade.
Quem vai ser a tábua de salvação? Há princípio, um psicólogo, e vendo-se que a situação se agrava lembra-se, então, de Deus, de Jesus Cristo. É na porta Deles que muitos irão bater em busca de cura, libertação para os estragos deixados; e graças a Deus que Ele está disponível para ajudar e reparar as mazelas, mesmo que seus conselhos tenham sido rechaçados e rejeitados, pois diz a Palavra que só Jesus é capaz de sarar essas feridas abertas, como foi com aquela samaritana, que na sua busca de ser amada, já tinha tido cinco relacionamentos e o atual ainda era com um homem comprometido. Mas o sétimo homem foi Jesus, e este lhe trouxe a cura para todos aqueles males.
Desde aquele encontro aquela mulher não fez mais o que queria, pois entendeu que o que convém é buscar a vontade de Deus, vontade essa que sempre irá guiar o homem para a felicidade verdadeira e plena. Que essa sociedade tão desvirtuada encontre em Jesus essa verdade, para que não se continue a ver tantas pessoas a usarem e abusarem da sua liberdade, desmedida e desastradamente, e viverem uma vida incompleta e infeliz.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

domingo, 5 de junho de 2011

Ele está voltando...

Hoje a liturgia faz referência à Ascensão do Senhor Jesus (At 1, 1-11) onde, segundo as Escrituras, após perderem Jesus de vista entre as nuvens, os discípulos vêem, diante de si, dois homens de branco que indagam: "Homens da galileia, por quê ficais ai a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado voltará do mesmo modo que o vistes subir ao céu!" (vers. 11). No Evangelho a leitura faz referência ao mandato de Jesus aos discípulos: "Ide, pois, e ensinai todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28, 19).
O Senhor Jesus deixa uma ordem para aqueles discípulos para que dêem continuidade à sua missão evangelizadora, e quando os "homens de branco" chamam a atenção dos mesmos que olhavam o céu estupefatos, é como se quisessem dizer: "Vão ficar aí olhando para o alto, parados? Ou vão cumprir o que o Senhor Jesus lhes ordenou anteriormente?". Posteriormente a isso veio o dia de Pentecostes e aqueles homens, agora como apóstolos, partem para cumprir o que lhes fora ordenado.
Milênios já se passaram e a afirmação que aqueles dois seres celestiais fizeram: "Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado voltará..." a cada dia se aproxima. E quem diz isso são as próprias Sagradas Escrituras pela boca do próprio Senhor Jesus em Mt 24, 1-51: guerras, fome, peste, falsos profetas, perseguições, traições, ódios, escalada da iniquidade e arrefecimento da caridade...os sinais da sua volta.
E muitos desses sinaiss já estão aos nossos olhos, pelo menos daqueles que buscam a Deus e dão ouvidos à sua Palavra, porque os cegos e surdos estão como nos tempos do dilúvio.
Tudo está a se cumprir, enquanto isso muitos cristãos estão parados a olhar o céu, enquanto que a ordenação do Senhor Jesus é que "Vá e ensine", "Vá e pregue o Evangelho", "Vá e abra os olhos a esses cegos"..., pois o Senhor diz: "Este Evangelho do Reino será pregado pelo mundo inteiro para servir de testemunho a todas as nações, e então chegará o fim" (Mt 24, 14), logo, há uma necessidade que todos tomem parte desta realidade.
Assim, aquele que, com o auxílio do Espírito Santo, medita com atenção a Palavra, e percebe essa realidade irrefutável, deve ter essa consciência, e conscientizar a outros, que a vinda de Jesus já se prenuncia e que só estarão preparados para aquele "grandioso e temível dia do Senhor" (Joel 2, 11) aqueles que guardaram o conselho de Jesus: "Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor" (Mt 24, 42).
É tempo de passar-se a, mais que nunca, vigiar e orar, pois a figueira já está a anunciar o verão (Mt 24, 32), que é bem verdade, ninguém sabe o tempo exato, há não ser o Pai. O certo é que, desta geração em diante, a necessidade de se ter toda a seriedade e zêlo para com as profecias do Senhor, faz-se tão grande quanto nos tempos apostólicos onde eles acreditavam que a vinda do Senhor seria logo; e todo batizado que crê tem que ser porta-voz desse anúncio àqueles que ainda jazem na treva da ignorância para que na concretude destas palavras não se veja pavor, mas um povo que verá o Senhor voltando em glória a exclamar: "Vem, Senhor Jesus!" (Ap 22, 20).
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.