domingo, 24 de abril de 2011

Cristo ressuscitou! Ele ressuscitou verdadeiramente! (Lc 24, 34)

Este, segundo narram os relatos históricos, era o cumprimento entre os primeiros cristãos, nos primeiros tempos das primeiras comunidades, da Igreja de Jesus.
Pode-se sentir nestas palavras mais que um mero ritual, mas uma expressão profunda, sincera, verdadeira, tanto da parte de quem cumprimentava, como da parte de quem retribuía, uma exteriorização de um sentimento de quem teve uma experiência pessoal com Jesus ressuscitado, visto que as pregações dos apóstolos, e dos primeiros cristãos, baseava-se no testemunho pessoal de quem teve um encontro íntimo com o Senhor.
Este testemunho ganhará força a partir de Pentecostes, visto que logo após a ressurreição de Jesus os relatos bíblicos mostram os discípulos ainda acabrunhados e temerosos, como na aparição de Jesus no cenáculo (Jo 20, 19), no encontro com os discípulos de Emaús (Lc 24, 13-34), no reencontro com Pedro que voltara ao velho ofício de pescador (Jo 21, 3).
Porém, a partir da vinda do Espírito Santo no cenáculo em Jerusalém (At 2, 1-6), os apóstolos, e todos que alí estavam, e o primeiro foi o nosso Papa: São Pedro, agora não mais acabrunhado e temeroso, mas animado e cheio de coragem, fala àquela multidão que desdenhava do que se passava naquele lugar testificando: "Israelitas, ouvi esta palavras: Jesus de Nazaré, homem de quem Deus tem dado testemunho diante de vós com milagres, prodígios e sinais que Deus por Ele realizou no meio de vós como vós mesmos o sabeis, depois de ter sido entregue, segundo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de ímpios. Mas Deus o ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, porque não era possível que o retivesse em seu poder" At 2, 22-24).
São Paulo pregava dizendo: "Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou é vã a vossa fé." (I Cor 15, 13-14). Vê-se, então, que nestas duas passagens das Sagradas Escrituras era parte fundamental da pregação dos convertidos o testemunho de que Jesus havia ressuscitado, vencido a morte, para dar a todo homem livre acesso a Deus e por Ele ser salvo mediante aceitá-lo como Senhor e Salvador.
O poder da Palavra de Deus, pregada por aqueles homens, chegando até os dias atuais, cumprindo a ordem do Senhor Jesus: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado" (Mc 16, 15-16), tem levado a muitos a essa experiência de ressurreição, onde a mesma se inicia no batismo e permanece a cada Páscoa quando, ao se vivenciar, fielmente, a Quaresma até sua culminância no Domingo da ressurreição, sente-se Jesus realizar esse renascer.
A ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é a certeza que, por Ele, o pecado, cujo salário é a morte (Rm 6, 23), pode ser derrotado, que este homem velho, com coração de pedra, onde Jesus jaz insepulto, pode ser trazido à vida, para ser testemunho do imensurável poder de Deus e assim ser instrumento de ressurreição para outros.
Possamos todos, juntamente com a Santa Igreja, sermos anunciadores dessa que é a maior notícia para todo aquele que ainda jaz nas trevas do pecado: Cristo ressuscitou! Ele ressuscitou verdadeiramente! E quer realizar este milagre na sua vida e na vida de muitos outros.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo e Feliz Páscoa!

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