quarta-feira, 25 de maio de 2011

Católicos ou caóticos?

Ao assistir um vídeo de um show de Pe. Zezinho de quase vinte anos atrás, ele nos seus agradecimentos iniciais, fez menção, também, aos irmãos evangélicos que estavam na platéia com o seguinte comentário: "Sei que muitos irmãos de outras religiões vem aos meus shows porque sabem que não pretendo converter ninguém para a minha religião, pois já tenho quase trinta anos de padre e gastei todo esse tempo buscando converter os católicos para o catolicismo"; foi ovacionado naquele momento.
E essa é a realidade: muitos católicos precisam aprender a serem católicos. Ontem ao assistir um programa que tinha como temática o aborto fiquei com um misto de decepção, raiva, indignação, e ao mesmo tempo lembrando das palavras de Jesus na cruz: "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34). Refiro-me, há um grupo de senhoras que participaram do programa pertencentes a uma ONG intitulada: "Católicas pró-aborto", provavelmente influenciadas por uma outra organização fundada por mulheres "católicas" no México intitulada "Católicas pelo direito de decidir", também defensoras deste crime.
É lastimável ver como pessoas que professam uma fé são capazes de tão grande contra-testemunho, fundamentadas em argumentos enganadores como: "é melhor tirar por uma via legal e segura, que fazê-lo clandestinamente e perder a vida" ou "antes não ter do que ter e depois gerar mais um que vai para a lata de lixo, ou virar um marginal" ou "se é para ter e sofrer, pois não tenho condições de criar, melhor não ter!"...
Qualquer um desses argumentos, ou qualquer outro que se utilize, é inaceitável, pois vê-se que o centro da decisão não está na criança, mas na própria pessoa, há isso dá-se o nome de egoísmo. Infelizmente essas senhoras "católicas" estão apoiando o inverso dos pressupostos evangélicos onde nosso Senhor Jesus sempre deixou claro que o próximo e a vida são os bens mais preciosos aos olhos do Pai. Logo, a defesa do aborto é ir frontalmente de encontro ao que ensinou Jesus, logo não é ser católico.
Certamente, essas senhoras não leram ainda, Ex 30, 19, que já foi tema de Campanha da Fraternidade, onde Deus diz: "ponho diante de ti a vida e a morte, a benção e a maldição. Escolhe, pois, a vida para que vivas com a tua posteridade", fazem críticas ao Papa e a Igreja que se posiciona contra esta prática por saber que isso não é questão de saúde pública ou social, mas é fruto da promiscuidade e da devassidão que grassa no meio da sociedade, fomentada pelos meios de comunicação que são, também, os defensores ferrenhos desse absurdo.
"O meu povo se perde por falta de conhecimento", já profetizava Oséias 4, 6, não buscam o conhecimento de Deus que só chega a nós em plenitude a partir de uma conversão profunda a Jesus Cristo, por isso que São Paulo já dizia: "Quando o que é perfeito chegar, o imperfeito desaparecerá" (I Cor 13, ). Tudo isso é fruto de uma natureza imperfeita, corrompida pelo pecado, que veda às verdades evangélicas levando esses ignorantes a agirem ao bel prazer das suas convicções pessoais, na maioria das vezes equivocadas e que são afronta aos Mandamentos de Deus.
Oremos, todos Católicos de verdade, tementes a Deus, obedientes à Palavra de Deus e à Igreja, unidos num só clamor a Deus para que esses irmãos equivocados, que no momento não se comportam como católicos apóstólicos, mas como "caóticos apóstáticos" tenham as escamas dos olhos retirados, como São Paulo, e que caiam em sí, como aquele filho pródigo, arrependam-se desta posição lastimável e passem a defender a vida, bem maior de todos.
Deus as abençoe e lhes perdoe tão grande pecado em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

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