segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Tudo me é permitido, mas nem tudo convém" (I Cor 6, 12)

O grau de permissividade há que o ser humano tem chegado está próximo do surreal. Quando se assiste ou se acessa a internet, depara-se, dia após dia, com todo tipo de absurdo que, para aqueles que acreditam que a vida que se tem é pautada, também, por limites, surge a inquietante indagação: onde está o limite?
A Palavra diz: "Tudo me é permitido...", ou seja, o livre arbítrio possibilita a liberdade para agir, fazer, praticar, atos e ações da forma e maneira que aprouver, porém, a mesma Palavra de Deus acautela: "..., mas nem tudo convém", logo, o homem pode viver e experimentar tudo o quanto sua liberdade pessoal lhe impulsionar a fazer, contanto que tenha consciência do que lhe pode acarretar tais atitudes.
O que inquieta é isto. O homem de hoje: moderno, avançado, além do seu tempo, ou seja qual for a expressão, não tem plena consciência do que esse "modernismo", principalmente no que diz respeito aos relacionamentos e afetos pode lhe acarretar. Muitos até pensam saber e conhecer as consequências, porém, alheios à dimensão dos estragos que esses comportamentos "avançados" realmente lhes trará.
Isso é observado explicitamente nos relacionamentos afetivos onde o descompromisso e o desinteresse para com os sentimentos do outro estão cada vez mais relativizados. É impressionante como se brinca com os sentimentos alheios sem o mínimo constrangimento ou respeito; assim o "ficar", uma das expressões desse "modernismo", tornou-se o padrão da moda, onde, em outras palavras: "o que começa aqui, termina aqui!", ou seja, "nada de mais sério!". O problema é que, geralmente um dos dois acaba se envolvendo de forma mais séria, e aí?
O que vai acontecer é que na próxima festa, na próxima "balada", estará lá a pessoa com outro (a), e o que vai ficar é a frustração, a angústia de saber que o que "rolou" não significou nada, foi meramente uma vazão aos apetites sensuais, que muitas vezes acaba em uma relação íntima, que mesmo assim não teve significado qualquer. Isso vai criando pessoas insensíveis aos sentimentos alheios. Não há a menor relevância saber que aquela pessoa agora possui no coração um sentimento mais sério, mais profundo, um desejo de continuidade no que foi iniciado. Porém a outra parte diz: se eu não sinto nada, de nada me importa saber se o outro sente algo por mim.
Quantos hoje são vítimas dessa situação? Pessoas cheias de recalques, frustrações, mágoas, ressentimentos...é essa a multidão de pessoas que este mundo permissivo tem produzido; que diz que tudo pode, mas quando se depara com as consequências o máximo que sabe dizer é: "que pena! coitadinho (a)!", e não assume a sua parcela de culpa. Os que fomentam essas situações são culpados, mas eximem-se de responsabilidade.
Quem vai ser a tábua de salvação? Há princípio, um psicólogo, e vendo-se que a situação se agrava lembra-se, então, de Deus, de Jesus Cristo. É na porta Deles que muitos irão bater em busca de cura, libertação para os estragos deixados; e graças a Deus que Ele está disponível para ajudar e reparar as mazelas, mesmo que seus conselhos tenham sido rechaçados e rejeitados, pois diz a Palavra que só Jesus é capaz de sarar essas feridas abertas, como foi com aquela samaritana, que na sua busca de ser amada, já tinha tido cinco relacionamentos e o atual ainda era com um homem comprometido. Mas o sétimo homem foi Jesus, e este lhe trouxe a cura para todos aqueles males.
Desde aquele encontro aquela mulher não fez mais o que queria, pois entendeu que o que convém é buscar a vontade de Deus, vontade essa que sempre irá guiar o homem para a felicidade verdadeira e plena. Que essa sociedade tão desvirtuada encontre em Jesus essa verdade, para que não se continue a ver tantas pessoas a usarem e abusarem da sua liberdade, desmedida e desastradamente, e viverem uma vida incompleta e infeliz.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário