domingo, 12 de junho de 2011

Cristãos pipoca ou caroço de pipoca?

Essa reflexão me foi inspirada quando ensaiava alguns cânticos para uma reunião do grupo de oração que faço parte, e ao cantarolar a canção da "pipoca" (é um tal de poc, po, poc, poc, poc,...), que todo carismático conhece, comecei, então, a meditar sobre esses dois tipos de cristãos: o pipoca e o caroço de pipoca.
Caso fisesse um experimento: em duas bacias, uma cheia de pipocas em caroço, e outra com pipoca preparada, pronta para comer, qual bacia seria mais procurada? Certamente, a resposta, e a constatação mais óbvia seria: a que tem pipoca pronta para comer! E por quê não se faz opção pela outra?
Perceba que pipoca sem estar preparada não tem graça, não é comestível, isso só vai acontecer se for ao fogo. A semente do milho de pipoca tem uma "casca" resistente, e que só se rompe com o calor. Agora o interessante é que o que faz a semente estourar é a água contida no interior da mesma, que em virtude da temperatura elevada proporciona uma pressão interna o que faz a "casca" se romper e o cotilédone (parte comestível) ficar à mostra pronto para saborear.
Assim é com todo cristão. Nascemos com essa "casca", esta película resistente, fruto do pecado original. O batismo (a água) retira esta película, mas ao longo da vida voltamos a pecar e a "casca" se refaz, porém a água continua lá. Para que esta película se rompa é necessário, então, que seja aquecida; e quem faz isso? O Espírito Santo. Os apóstolos que estavam no cenáculo viveram essa experiência. Ao serem expostos às "linguas de fogo" do Espírito Santo (At 2, 3) viram essa "casca" se romper, tanto que narram as Sagradas Escrituras que se encontravam "trancados na sala do cenáculo" (J0 20, 19), mas após aquele Pentecostes, saíram, libertaram-se da "casca" e mostraram o melhor de sí: a presença de Jesus Cristo em suas vidas.
Assim como a semente do milho não tinha sabor, atrativo, não tinha "graça", agora, assim como o milho "estourado", os apóstolos libertos do aprisionamento puderam mostrar um sabor atrativo, tanto que ajuntaram às portas milhares de pessoas (At 2, 6) e São Pedro, aquele sem sabor, que negou Jesus três vezes (Jo 18, 17-27), agora com todo o sabor do Espírito professa a ressurreição de Jesus e converte quase três mil (At 2, 41).
A Palavra nos mostra, portanto, que cristão que tem "graça" é cristão que tem Jesus vivo em sua vida, e quem faz essa obra miraculosa é o Espírito Santo. Infelizmente, o que se vê são cristãos caroço de pipoca, sem sabor e sem "graça", que não possuem atrativo, mesmo quando falam de Jesus. E num mundo onde as pessoas são cada vez mais atraídas pelo sabor atrativo do pecado, que como diz a canção de Pe. Zezinho é que nem laranja-lima: "só é doce no momento, mas logo após tem gosto amargo até demais", o sabor do Espírito Santo que tem essa doçura constante tem de fazer a diferença.
Os apóstolos disseminaram esse "bom sabor" pelo mundo e seus sucessores vieram, ao longo da história da Igreja fazendo o mesmo; porém, esse Pentecostes tem arrefecido, necessitando ser atualizado urgentemente, pois a cada geração o inimigo de Deus aperfeiçoa outros "falsos sabores" que seduzem e matam há muitos filhos de Deus.
"Espírito Santo, faz com teu fogo abrasador, esses cristãos que ainda estão na "clausura" do medo, da indiferença, do descompromisso com o Evangelho de Jesus, tornem-se pipocas estouradas, saborosa, atrativas, pelo doce sabor da presença do Senhor Jesus Cristo. Amém!"
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

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