sexta-feira, 22 de maio de 2015

Jesus: a suprema misericórdia de Deus

Misericórdia é o amor que se inclina em favor de alguém afim de ajudá-lo, ainda que não o mereça. Onde se pode encontrar melhor exemplo para esta definição senão em Jesus para com a humanidade inteira?
A misericórdia foi uma virtude que Deus teve que manifestar a partir da queda do homem pelo pecado original, visto que a mesma não foi utilizada para com Lúcifer e seus anjos quando da sua rebelião para com Deus; talvez seja este fato mais um dos motivos de tão grande ódio deste anjo decaído para com o gênero humano.
O certo é que, desde o Éden quando o Pai promete à "serpente" que "esmagará sua cabeça" (Gn 3, 15), até o fim dos tempos, a relação de Deus com a humanidade foi, é e será entremeada por atos de justiça (castigos) seguidos de atos de misericórdia (compaixão, perdão). Assim, vê-se visivelmente que a misericórdia, como bem ensina a Santa Igreja, evidencia-se pela relação de alguém que se encontra numa posição superior para com alguém que se encontra em posição inferior (isso no que tange a princípios de fé, moral, virtudes...).
A misericórdia, por natureza, é intermitente, incansável, amorosa, compassiva..., e todos estes atributos somente são perceptíveis, à perfeição, em Deus, e por conseguinte, em seu Filho Jesus Cristo. Assim, Jesus é, indubitavelmente, a suprema misericórdia de Deus, e isso se mostra claramente na sua vida pública.
A misericórdia de Deus, patente em Cristo através da narrativa evangélica em consonância com o Salmos 106, por exemplo não deixa dúvida, pois o Salmos 106, 1-2 diz: "Louvai o Senhor porque Ele é bom. Porque eterna é a sua misericórdia. Assim o dizem aqueles que o Senhor resgatou..."; não foi isso que fez o Senhor Jesus ao resgatar Zaqueu (Lc 19, 1-10) de uma vida de ganância que o fazia odiado e excluído? Não foi o que aconteceu à mulher adúltera (Jo 8, 1-11) ao livrá-la de uma vida de adultério que quase a levou a morte por apedrejamento?
O mesmo versículo 2 do Salmos 106 completa: "...aqueles que Ele livrou das mãos do opressor..."; não o fez Jesus ao livrar, libertar tantos possessos do demônio como o geraseno (Mc 5, 1-19)? Os versículos 17 a 19 do mesmo Salmos diz: "Outros, enfermos por causa de seu mau proceder eram feridos por causa dos seus pecados (...), Ele os livrou de suas tribulações"; não o fez Jesus na passagem de Jo 5, 1-18 quando curou um paralítico que estava enfermo a trinta e oito anos por causa dos seus pecados?
São apenas alguns exemplos que não deixam dúvidas do amoroso auxílio de Deus, por meio de Jesus, para com uma humanidade que peca, e que por isso se afunda nas suas misérias. O auxílio amoroso de um Deus em que o "amor não cansa nem se cansa" como declarou São João da Cruz que se inclina compassivamente para uma geração rebelde e de coração endurecido.
Jesus em Mt 5, 7  convida todo homem a engajar-se neste propósito de ser, também, misericordioso afim de que ela se prolongue eternamente. No entanto, somente será possível exercê-la aquele que trouxer na intimidade da sua vida Aquele que é a misericórdia perfeita: Jesus Cristo. Somente assim poder-se-á ser capaz de ser imitador de Cristo ao ponto de, se preciso, rebaixar-se, humilhar-se ao extremo pelo bem do outro.
Por fim, ser misericordioso não é somente acolher o oprimido, o excluído, mas, como ensina Jesus, mostrar que precisa "endireitar as veredas" (Is 40, 3; Mt 3, 3) indicando a forma de retamente proceder: "Vai e não tornes a pecar" (Jo 8, 11)
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

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