segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Filhos santos, educados na fé, serão formadores de outras famílias santas.

Filhos gerados como fruto de um desejo do casal, como se pode observar no exemplo de Tobias e Sara em Tb 8, 9 onde Tobias ora no leito nupcial: “Ora, vós sabeis, ó Senhor, que não é para satisfazer a minha paixão que recebo a minha prima como esposa, mas unicamente com o desejo de suscitar uma posteridade, pela qual o vosso nome seja eternamente bendito”, devem ser educados, ensinados, formados para uma vida digna e reta, principalmente, fundamentada em parâmetros e princípios espirituais.
Para isso, esses  “bons frutos”, os filhos, tem que seguir os passos de Jesus, viverem unidos à Ele e ao Seu Corpo (a Igreja), seguir seus ensinamentos, cumprir fielmente as suas palavras. Jesus em João 15, 4 diz: “Permanecei em mim e Eu permanecerei em vós”; assim, cada família no propósito de bem conduzir seus filhos na fé devem compreender alguns pontos que são fundamentais para que esses frutos venham a ser, também, geradores de outros bons frutos.
Primeiro ponto: um ramo sobrevive do alimento – a seiva – que a planta lhe fornece. Logo, família que não se liga a Jesus morre de inanição; inanição espiritual, pois Jesus é o Pão da vida, e Ele se dá a todos por meio das Sagradas Escrituras e da Santa Eucaristia, desta feita, filhos santos deverão ser resultado desta intimidade com Jesus na Palavra, na Eucaristia e na oração.
Segundo ponto: um ramo tem suas atividades reguladas por substâncias na época e tempo certos. Dentre essas atividades está a época de reprodução, para serem gerados os frutos. A floração, a produção dos gametas, a formação dos frutos, tudo é controlado por substâncias específicas: os hormônios. A família deve ter sua substância reguladora – o Espírito Santo – agindo para que cada coisa possa acontecer no tempo certo. Porém, a constatação é que se essa interação com Jesus é interrompida muito cedo, ainda nos primeiros anos de vida, assim o Espírito não age e essa família passa a viver de forma desregulada.
As flores (filhos) começam a desabrochar antes do previsto; a força das incitações provenientes dos meios diversos força um amadurecimento cada vez mais precoce. O período propício para os enlaces íntimos e, consequentemente, a geração de novos frutos é antecipada. Esses frutos gerados fora de época muitas vezes são descartados e vão gerar mais e mais ramos estéreis, separados da Videira verdadeira, destinados ao fogo, à destruição, como afirma a Palavra de Deus em Jo 15, 6.
“Filho honra teu pai e tua mãe para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor teu Deus” (Ex 20, 12). Filhos santos devem ter em mente que, assim como a família é um ramo que não pode estar separada de Jesus, assim também eles devem ter consciência que são ramos que não podem estar separados dos pais.
Daí a Palavra de Deus exortar tão seriamente aos filhos a obedecerem aos pais como cita Provérbios 1, 8-9: “Ouve, meu filho, a instrução do teu pai, não desprezes o ensinamento de tua mãe. Isto será, pois, um diadema de graça para tua cabeça e um colar para teu pescoço”. Percebe-se, claramente, que a obediência dos filhos para com os pais será visto como jóias preciosas (diadema, colar) por outras pessoas.
É maravilhosa a passagem do livro de Tobias 4, 1-20 onde o pai de Tobias, Tobit, dá uma série de conselhos ao filho exortando-o, entre outras coisas, à prática da caridade, honestidade, amar a Deus e obedecer a Lei e, viver a castidade para um matrimônio santo (vers. 13). Tobias segue à risca esses ensinamentos e o resultado foi ter conhecido Sara com quem casou-se e teve muito filhos, certamente, obedientes e retos como ele, Tobias, o foi.
Ramos ligados à Jesus e à Igreja, filhos ligados aos pais, em obediência total, florescem e frutificam na época certa, pois, assim como as folhas são a fonte produtora de alimento para os ramos, assim também em Jesus ter-se-á uma fonte di alimento pela Palavra e pela Eucaristia. E assim, este ramo, este templo, esta família, como tantas outras que buscam o mesmo propósito, se permanecerem firmadas em Jesus, serão disseminadoras de frutos bons em meio a um mundo onde tantos frutos ruins são produzidos, pois a educação na fé tem sido cada vez mais abandonada para dar lugar a uma criação egoísta, mercantilista e individualista, tendo como resultado uma geração fútil, promíscua, violenta, sem o mínimo temor de Deus.
Com esta reflexão concluo esta série de textos sobre família, dom de Deus, necessária para a existência da humanidade, por saber disso que satanás a tem atacado tão impiedosamente, mas no final o bem triunfará e ela também, para isso a Igreja conta com cristãos batizados autênticos guiados pela fé da Igreja e autênticos testemunhos do amor de Deus, que crêem que a família é de suma "importância para a vida e o bem estar da sociedade" (CIC, 2210)

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