segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Deus sempre toma a iniciativa...

Após a queda do homem pelo pecado original uma característica se tornou própria do homem: o seu desinteresse por Deus. Desinteresse no sentido de buscar intimidade, profunda comunhão com seu Criador.
No Gênesis 3, 8 diz que "...ouviram o barulho dos passos do Senhor Deus que passeava no jardim, à hora da brisa da tarde...": Deus vinha ter com Adão e Eva, vinha encontrar-se com sua obra mais bela, vinha confraternizar-se, vinha dialogar, vinha banquetear...Deus (o Pai) vinha, mas o homem rompeu com Deus, pecou, e o Pai se escondeu do homem, não se afastou, mas se escondeu; tanto que lá em Êxodo quando Moisés pede para ver a face de Deus e o Pai responde: "...Não poderás ver a minha face, pois o homem não me poderia ver e continuar a viver" (Ex 33, 20). O pecado privou o homem da face de Deus.
Assim, Deus levantou profetas e reis para mostrar através deles, por meio de profecias, sinais, prodígios, mostrar que o Senhor Deus continuava com eles, mas o que acontecia era que aquele povo persistia em não querer comunhão com o Pai, daí a reclamação: "Esse povo vem a mim apenas com palavras e me honra só com os lábios, enquanto seu coração está longe de mim..." (Is 29, 13). Persistia apenas a sua vontade humana, a inclinação para suas próprias convicções, deturpadas e incondizentes com o desejo de Deus, tanto que a maioria destes homens foram perseguidos e mortos.
Mas o Pai é persistente, pois não se conforma com a perda de suas criaturas, afinal, "Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma" (Sb 1, 13), por isso Ele está sempre a tomar a iniciativa, mesmo sabendo que da parte do homem a recíproca não é a mesma.
Por fim o Pai envia o Filho. O Criador revela-se, novamente, à sua criatura, agora na pessoa do Filho, porém o resultado é que Jesus "veio para o que era seu, mas os seus não O receberam" (Jo 1, 11). Mas as palavras que Jesus deixa para a humanidade são estas: "Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim não O lançarei fora" (Jo 6, 37).
Deus Pai, Deus Filho e o Espírito Santo estão disponíveis a todo gênero humano, porém a natureza carnal e decaída do homem não o predispõe a isso. O homem não tem interesse de comunhão, de intimidade profunda com o Criador e o Salvador, mas tende a criar barreiras e impedimentos. Tem para com Eles uma relação meramente de interesse ou de socorro urgente quando tudo vai mal.
Por isso é tão fácil convencer e arrastar alguém para as coisas impuras deste mundo que convencer para buscar a presença do Senhor em sua vida. Mas o Pai é aquele da parábola do filho pródigo (Lc 15): está todos os dias na expectativa do retorno desses filhos desviados, espera que não é passiva, mas ativa; e os espera com aquele abraço de amor que aquele filho recebeu.
Obrigado Senhor por não desistir dos teus filhos rebeldes que ainda preferem optar por sofrer pelas falsas delícias deste mundo do que aceitar o melhor que tens para cada um.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

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