As abelhas, ainda quando
larvas, não possuem distinção entre si. No entanto, quando chegam a fase
adulta, farão parte de uma das três castas (classes) existentes: rainha,
soldado ou operária.
Apesar de possuírem funções diferentes – a primeira de
procriar (gerar vida), a segunda de defender e a terceira de realizar as demais
tarefas – apresentam um aspecto que é maior que suas individualidades e as
tornam tão unidas: o bem comum, o bem de todos.
No entanto, sabe-se que sempre haverá aqueles que terão
de colaborar com um esforço maior, e neste caso trata-se das operárias. Este
grupo tem a tarefa de cuidar da “casa” (colméia), dos “bebês” (as larvas), e da
“chefe” (rainha); além disso, são as responsáveis por buscar o alimento,
prepará-lo e distribui-lo a todos.
Observando tal fato surge a pergunta: O que move, então,
as operárias a realizar tais tarefas, sabendo que essas são contínuas e
incessantes, e até a sua morte? A Biologia responderá dizendo que isto é fruto
de uma programação genética, ou seja, isto já está pré-determinado e elas
executarão sem objeção.
Quanto ao ser humano podemos observar quase que a mesma
coisa, pois também fazemos parte de uma grande “colméia” (a Igreja) onde existe
uma “rainha”, na verdade, um Rei (Jesus), existem “soldados” (o Clero) e
existem “operários” (os leigos), cada um com a sua tarefa: o Rei gerando vidas
pela graça e pela fé; os soldados defendendo o depósito da fé, e os operários
servindo aos dois primeiros, além de ir buscar as “abelhas” desviadas e
trazê-las de volta à “colméia”.
A missão do operário também deve ser contínua e
incessante, e até a morte; porém, ao contrário das abelhas não se nasce
pré-programado a realizar tais tarefas, mas é necessário ser ensinado sobre a
obrigatoriedade de exercer tal ofício. No entanto, somente o ensino não será
suficiente, mas será necessário algo que impulsione este operário a querer
realizar tão árduo e fatigante trabalho. E que “algo” é esse? Esse algo é o
AMOR! Mas não qualquer amor, mas o AMOR DE DEUS; amor que como descreve São
Paulo em I Cor 13 é paciente, é bondoso, não se envaidece, não é orgulhoso, não
espera retribuição, que serve ao próximo não pela aparência, mas pela sua
essência (por ser imagem e semelhança de Deus).
A abelha operária não faz por amor, mas o operário da
vinha do Senhor, sim; e se a messe ainda carece de operários é porque o amor
ainda é pouco, pois “o que pouco ama, pouco serve”; mas “o que muito ama, muito
serve”, e isso se potencializa cada vez mais quanto mais se doa a partir do
momento que percebe que existem necessitados de conhecer e experimentar este
amor, inclusive nós mesmos.
Conscientes, então, de que é o amor de Deus que nos
impulsiona a realizar este labor, mesmo contra a nossa vontade humana, como e onde
experimentar este verdadeiro amor? A Palavra de Deus dá a resposta em Romanos
5, 5 onde o Apóstolo São Paulo diz que “o Amor de Deus foi derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
É o Espírito Santo, o Paráclito (auxílio), que cada
operário necessita para que nos convençamos que precisamos deste amor, e o
temos por que Deus é um Deus que não nos abandona; e que precisamos levar este
amor, fonte de salvação e ressurreição, para muitos que se encontram “mortos”
na esperança e na fé.
Seja,
então, pelo auxílio e força do Espírito Santo esse operário do amor de Deus;
“abelhinhas” incansáveis em servir ao grande Rei Jesus para a honra e glória do
seu Santo Nome.
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