domingo, 18 de maio de 2014

“Operários do Amor de Deus”

As abelhas, ainda quando larvas, não possuem distinção entre si. No entanto, quando chegam a fase adulta, farão parte de uma das três castas (classes) existentes: rainha, soldado ou operária.
Apesar de possuírem funções diferentes – a primeira de procriar (gerar vida), a segunda de defender e a terceira de realizar as demais tarefas – apresentam um aspecto que é maior que suas individualidades e as tornam tão unidas: o bem comum, o bem de todos.
No entanto, sabe-se que sempre haverá aqueles que terão de colaborar com um esforço maior, e neste caso trata-se das operárias. Este grupo tem a tarefa de cuidar da “casa” (colméia), dos “bebês” (as larvas), e da “chefe” (rainha); além disso, são as responsáveis por buscar o alimento, prepará-lo e distribui-lo a todos.
 Observando tal fato surge a pergunta: O que move, então, as operárias a realizar tais tarefas, sabendo que essas são contínuas e incessantes, e até a sua morte? A Biologia responderá dizendo que isto é fruto de uma programação genética, ou seja, isto já está pré-determinado e elas executarão sem objeção.
Quanto ao ser humano podemos observar quase que a mesma coisa, pois também fazemos parte de uma grande “colméia” (a Igreja) onde existe uma “rainha”, na verdade, um Rei (Jesus), existem “soldados” (o Clero) e existem “operários” (os leigos), cada um com a sua tarefa: o Rei gerando vidas pela graça e pela fé; os soldados defendendo o depósito da fé, e os operários servindo aos dois primeiros, além de ir buscar as “abelhas” desviadas e trazê-las de volta à “colméia”.
A missão do operário também deve ser contínua e incessante, e até a morte; porém, ao contrário das abelhas não se nasce pré-programado a realizar tais tarefas, mas é necessário ser ensinado sobre a obrigatoriedade de exercer tal ofício. No entanto, somente o ensino não será suficiente, mas será necessário algo que impulsione este operário a querer realizar tão árduo e fatigante trabalho. E que “algo” é esse? Esse algo é o AMOR! Mas não qualquer amor, mas o AMOR DE DEUS; amor que como descreve São Paulo em I Cor 13 é paciente, é bondoso, não se envaidece, não é orgulhoso, não espera retribuição, que serve ao próximo não pela aparência, mas pela sua essência (por ser imagem e semelhança de Deus).
A abelha operária não faz por amor, mas o operário da vinha do Senhor, sim; e se a messe ainda carece de operários é porque o amor ainda é pouco, pois “o que pouco ama, pouco serve”; mas “o que muito ama, muito serve”, e isso se potencializa cada vez mais quanto mais se doa a partir do momento que percebe que existem necessitados de conhecer e experimentar este amor, inclusive nós mesmos.
Conscientes, então, de que é o amor de Deus que nos impulsiona a realizar este labor, mesmo contra a nossa vontade humana, como e onde experimentar este verdadeiro amor? A Palavra de Deus dá a resposta em Romanos 5, 5 onde o Apóstolo São Paulo diz que “o Amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
É o Espírito Santo, o Paráclito (auxílio), que cada operário necessita para que nos convençamos que precisamos deste amor, e o temos por que Deus é um Deus que não nos abandona; e que precisamos levar este amor, fonte de salvação e ressurreição, para muitos que se encontram “mortos” na esperança e na fé.
Seja, então, pelo auxílio e força do Espírito Santo esse operário do amor de Deus; “abelhinhas” incansáveis em servir ao grande Rei Jesus para a honra e glória do seu Santo Nome.

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