terça-feira, 2 de agosto de 2011

Senhorio dos pais: fonte da honra dos filhos.

O texto de Eclo 3, 1-18 faz uma clara referência a filhos que honram seus pais. O dicionário faz referência a expressão honrar pai e mãe como venerar, reverenciar. Percebe-se que mesmo numa expressão gramatical, etimológica, os termos utilizados concordam com o significado bíblico.
Dentre os vários versículos, aquele que salta aos olhos é o oitavo: "Quem teme o Senhor honra pai e mãe. Servirá àqueles que lhe deram a vida como a seus senhores". O versículo é taxativo quando afirma que um filho só honrará pai e mãe, só terá essa atitude venerável, reverencial, se nele estiver o temor de Deus.
Mas um filho não trás consigo desde o nascimento este temor, mas o adquire a partir do convívio, do exemplo, da prática observada por parte dos seus genitores. E o questionamento é: esses filhos tem observado esse temor de Deus em pais mergulhados nas suas preocupações diárias? Que dão maior importância aos prazeres e satisfações deste mundo, vivendo como disseminadores das práticas absurdas que impõe a TV, as novelas, as músicas, as revistas...? Que se empenham devotamente em cumprir suas obrigações de alimentar, vestir, educar, mas que se eximem totalmente de dar a esses filhos alimento, educação, parâmetros e princípios espirituais?
A mais dura realidade é que, se hoje se observa filhos que não manifestam essas atitudes de honraria para com os pais, é porque não vêem nestes atitudes que os levem a agir de tal forma. O versículo quinto diz que "quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro". Mas tem-se observado hoje, mulheres, mães, que estejam se comportando como essa figura preciosa? As mães de hoje tem-se mostrado para os filhos como essa figura divinal segundo o que a Bíblia preceitua?
Os versículos 9 e 10 exortam: "Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, afim de que ele te dê sua benção e que esta permaneça em ti até o teu último dia. A benção paterna fortalece a casa de seus filhos...". Percebe-se neste trecho a força da benção de um pai; mas quantos filhos não manifestam mais qualquer importância quanto a essa graça, fruto até mesmo do próprio desprezo de pais por esta prática.
Pais que demonstram, exercem na prática perante seus filhos, e exigem este senhorio, que significa soberania, propriedade, autoridade plena, terão filhos que saberão honrá-los com fidelidade e respeito, até porque compreenderam que exercer essa honradez é um ato mais espiritual que humano.
Porém, é necessário, urgente, que os atuais e futuros pais aprendam e pratiquem o que aconselha a Palavra de Deus em Eclo 30, 13: "Educa o teu filho, esforça-te (por instruí-lo), para que não te desonre com sua vida vergonhosa". Mas não se pode dar o que não se possui; educar um filho nos caminhos do Senhor só consegue quem trilha os caminhos do Senhor; quem segue os Mandamentos e preceitos da Palavra de Deus; que vive os Sacramentos com sinceridade; quem busca a Igreja como lugar de santidade e salvação.
Pais que tem essa consciência formarão filhos que reconhecem seu senhorio como respeito e reverência ao próprio Deus; honrarão seus pais com a certeza que a Palavra de Deus em Ex 20, 12 que diz "Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus" se cumprirá; e que, por fim, saberão, também eles, constituir famílias onde serão multiplicadores desse propósito divino, gerando neste mundo uma sociedade com famílias santas e retas a exemplo da família de Nazaré que teve em Jesus um filho que soube honrar e reconhecer o senhorio de seus pais.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

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