terça-feira, 18 de abril de 2017

Solo, água, semente...uma boa colheita!

A salvação de Deus, que quer alcançar cada pessoa, e a humanidade inteira, para que aconteça requer as condições e os elementos ideais afim de que se dê a contento.
As Sagradas Escrituras, seja no Antigo Testamento, seja no Novo Testamento, deixam essa necessidade evidente, e isso se faz perceber em muitas passagens, principalmente dos Profetas. Ainda no Patriarca Abraão já se faz ver essa imperiosidade das condições ideais para que uma obra restauradora se concretize, e isso se percebe quando diz a Abraão: "Deixa a tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar." (Gn 12, 1)
Deus mostra que seu plano salvífico passa pela necessidade de um ambiente propício à sua ação, e que não pode ser uma "terra ruim", um solo não agradável, onde, no caso de Abraão o lugar que habitava era marcado pela idolatria e paganismo, ainda que ele não o fosse.
O mesmo se observa com Moisés quando ao receber o mandato de Deus de retirar o povo israelita do cativeiro do Egito conduzi-os para uma "terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel" (Ex 3, 8), a terra prometida, ou seja, uma terra nova, um solo propício, sem a influência da idolatria e do paganismo, um lugar onde um só Deus seja adorado e reconhecido.
O Pai necessita de um solo adequado para realizar o que deseja: fazê-lo fértil e produtivo, frutuoso. Para isso, este solo deve ter os elementos necessários à sua fertilidade, e dentre eles, a água.
Um solo ressequido, estéril não tem condições de produzir; e por isso que na passagem de Is 44, 3 Deus diz: "Porque derramarei água sobre o solo sequioso, eu a farei correr sobre a terra árida...". Este solo sequioso, esta terra árida, não é outro senão o coração de cada homem bem como a sua alma, que em virtude do pecado, mais e mais se ressecam e inviáveis à ação de Deus, ao amor de Deus, se tornam.
No entanto, na profecia Ele promete derramar água sobre estes "solos" inviáveis e esta "água" não é outra senão a "água viva" (Jo 4, 10): Jesus Cristo, por meio do Espírito Santo, Aquele do qual fez menção aos discípulos que "se Eu não for o Paráclito não virá" (Jo 16, 7); daí na sequência da profecia de Isaías, no versículo 4 Deus dizer: "derramarei meu Espírito sobre tua posteridade..."
É o Espírito Santo a "água" que vem tornar todo solo sequioso livre do pecado da idolatria e do paganismo, e de todo e qualquer outro pecado que tornava o "solo" deste coração, desta alma impossibilitado, passando-o a torná-lo, agora, apto a receber a semente da Palavra de Deus como ensina Nosso Senhor Jesus Cristo em Mt 13, 1-23.
Naquela parábola do semeador, Jesus ensina que a semente só renderá bons frutos na terra boa, aquela livre do pecado e que se torna receptiva ao Espírito Santo; por isso a necessidade de mais e mais se deixar conduzir, regar, por esse Espírito, pois é Ele que convence do pecado (Jo 16,8), que derrama o amor de Deus nos corações (Rm 5, 5).
É esse mesmo Espírito Santo que leva a aceitar Jesus como Salvador, que suscita a fé (1 Cor 12, 9) e promove conversão, o que fará esse "solo inútil" tornar-se fértil e frutuoso.
Necessário se faz, então, tomar consciência de que é imperioso sair da "terra do egito" para tornar-se "terra prometida", onde ali Deus encontra lugar digno de habitar e realizar seus propósitos de salvação; logo, que o Espírito Santo te faça: uma terra boa, te regue com a água ideal e a lance as sementes que gerarão frutos de salvação, para si e para outros.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

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