A vida é marcada por lutas e batalhas, adversidades que se erguem a todo momento; e, muitas vezes, logo em seguida a ter-se conseguido superar uma delas.
No entanto, a desestabilização que essas realidades provocam estão diretamente relacionadas à forma como se encara tais desafios, pois, na humanidade fraca de cada um o que pior acontece é a dimensão que se dá ao problema.
O "agigantamento" do desafio que se enfrenta está ligado ao fato de que cada pessoa se acha capaz de resolver tudo por suas próprias capacidades sem de ninguém precisar (autossuficiência), e ao perceber a impossibilidade de fazê-lo desespera-se. No entanto, existe maneira de enfrentar tal realidade e superá-la.
Este fato está biblicamente demonstrado na batalha que enfrentavam os israelitas contra os filisteus (1 Sm 17, 1-58), onde a figura de Golias (gigante imbatível), que desafiava e ameaçava a todos daquele exército, era motivo de inquietação e angústia.
Surge, então, Davi, um jovem que levava provisões aos irmãos que estavam no combate e que ao perceber aquele exército acuado ante Golias oferece-se para enfrentá-lo. A princípio é desacreditado, mas recebe a permissão do rei para encarar o gigante.
Primeiramente, é revestido de toa a indumentária de soldado, mas não se sentindo a vontade abre mão de espada e escudo e vai para o enfrentamento com uma funda e aquilo que foi o fundamental: a fé no Deus de Israel.
Davi apresenta-se para o combate e Golias, ao verse perante um jovem sem porte nem armas adequadas, desdenha do oponente que, aos seus olhos, era tão desqualificado. No entanto, o embate tem início e o jovem Davi munido de funda e pedra acerta a fronte de Golias que tomba sem vida e que depois terá a cabeça decepada o que encoraja o restante do exército israelita que, lançando-se sobre os filisteus, os derrota.
O que explica a vitória de Davi, que humanamente tinha plena consciência que o desafio diante de si era impossível de derrotar? A certeza que ao seu lado estava o Deus Todo Poderoso, o Deus dos Patriarcas, o Deus de Moisés que com sua força retirou seu povo do cativeiro do Egito e das mãos de faraó.
A fé neste Deus que o impulsionou, ante a humilhação que passava o exército, a reagir dizendo: "E quem é esse filisteu incircunciso para insultar desse modo o exército do Deus vivo?" (vers. 26) e nessa fé declara a Golias: "Tu vens contra mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos exércitos, do Deus das fileiras de Israel, que tu insultaste. Hoje mesmo, o Senhor te entregará nas minhas mãos" (vers. 45-46), e com isso mostra que mesmo sendo fisicamente pequenino perante o gigante tinha plena certeza que Aquele que combateria ao seu lado era imensamente maior que Golias.
Este exemplo de Davi é emblemático para mostrar a toda pessoa que se o mundo com suas facetas se agiganta perante nós, o Deus infinitamente maior que habita em cada um deve prevalecer, por isso que São João declara que "o que está em vós é maior do que aquele que está no mundo". E esta certeza que habita nos corações e mentes é a fé que não deixa acabrunhar nem recuar, mas enfrentar.
Agora, o detalhe que faz toda a diferença é reconhecer-se pequeno, e com humildade, ter consciência que só Deus pode. Essa capacidade de rebaixar-se permite Deus elevar-se e a vitória sobre o mundo acontece.
Jesus venceu o mundo apequenando-se; os heróis e heroínas da fé venceram o mundo apequenando-se e confiando totalmente Naquele que era maior Neles.
No mundo está o pecado, em todas as suas formas e nuances, agigantando-se perante nós, querendo nos fazer crer que somos incapazes de vencê-lo, e, certamente por nós mesmos não o seremos, no entanto, permitindo que Aquele que derrotou o pecado aja, certamente, o pecado e todo e qualquer desafio será derrotado.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.
sábado, 24 de setembro de 2016
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
"Rochedo em lençol de água, pedra em fonte de água viva" (Sl 113, 8)
A magnífica capacidade que Deus possui de subverter a lógica natural das coisas é, e sempre será, algo que maravilha os olhos de quem tem fé, ao passo que seguirá inquietando a racionalidade e pragmatismo dos incrédulos.
Dentre esses tantos exemplos de ações extraordinárias da parte do Todo Poderoso está o que reza Davi nos Salmos 113 (114), 7-8: "Ante a face de Deus, treme, o terra, por quem o rochedo se mudou em lençol de água, e a pedra em fonte de água viva".
Certamente, o salmista faz menção à passagem da história do povo de Israel que ao sair do Egito e passar o Mar Vermelho, adentra o deserto e , em certa passagem, ao ter o povo reclamando da falta de água, Moisés vai ao Senhor que pede que, com sua vara, fira o monte Horeb e deste jorra água" (Ex 17, 1-6)
Esta é uma das tantas passagens que marcaram a história desse povo, mas que tomará nova conotação a partir da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Pedra Angular (Sl 117, 22; Mt 21, 42). A partir Dele, ver-se-á não um, mais muitos "horebs" verterem água, visto que agora essas "rochas" são homens de coração rijo que se deixaram petrificar pelas suas faltas e iniquidades.
A prefiguração do rochedo que jorra água agora se materializa em cada homem cujo "coração de pedra" (Ez 36, 26) será mudado em um "coração de carne" (vers. 26) e, a partir dessa transformação, dele "manarão rios de água viva" (Jo 7, 38); e o único capaz de realizar tal intento é Jesus: daí ter sido ferido em seu lado no alto da cruz de jorrou sangue e água (Jo 19, 34), demonstrado que Ele é o rochedo, Ele é a pedra que se muda em lençol de água, em fonte de água viva, e que é capaz de propiciar o mesmo a todos que Nele crerem.
Verdadeiramente, ante o poder de Deus e o fato de dominar sobre tudo o que existe, pois tudo foi feito por Ele (Jo 1, 3) e tudo se submete a Ele, não é impossível a este Deus extrair água da rocha mais resistente. No entanto, relativamente ao homem a missão se torna mais complexa, por que a graça só se dará mediante uma permissão: a fé.
Daí a Palavra de Deus dizer que Jesus está à porta e bate (Ap 3, 20), desejando receber essa permissão; permissão que lhe foi dada pela samaritana (Jo 4, 1-42) que tocada pela Palavra do "Rochedo da salvação" (Dt 32, 15; Sl 61, 3) verteu tanta água viva que transbordou a outros tantos da vila em que vivia levando muitos a ter a mesma experiência que tivera.
Pedro (a pedra), Paulo, e tantos outros, num encontro pessoal com essa "rocha" deixaram de experimentar dureza, rigidez, insensibilidade, esterilidade, para experimentar e vivenciar alegria, caridade, afabilidade...
No entanto, a despeito de tão miraculosa restauração ser capaz este Deus, a humanidade nunca se mostrou tão empedernida, tão rija, tão reticente, fruto de uma cultura hedonista, relativista, apóstata que cada vez mais se abraça ao pecado dos prazeres fulgazes e momentâneos devotando a eles total devoção.
A despeito dessa triste realidade, o Pai de misericórdia não desiste de esperar o retorno dos "corações de pedra" que andam a esmo e ao sabor das suas concupiscências, como fora com o filho pródigo; persiste em crer que, como aquele filho, "entre-se em si mesmos" (Lc 15, 17), reconheçam-se os erros, arrependam-se e voltem a Ele.
E naquele abraço de amor, o coração de pedra tornará um novo coração. A rocha estéril voltará a verter água viva, pois quem, além de Deus pode realizar tal prodígio?
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Dentre esses tantos exemplos de ações extraordinárias da parte do Todo Poderoso está o que reza Davi nos Salmos 113 (114), 7-8: "Ante a face de Deus, treme, o terra, por quem o rochedo se mudou em lençol de água, e a pedra em fonte de água viva".
Certamente, o salmista faz menção à passagem da história do povo de Israel que ao sair do Egito e passar o Mar Vermelho, adentra o deserto e , em certa passagem, ao ter o povo reclamando da falta de água, Moisés vai ao Senhor que pede que, com sua vara, fira o monte Horeb e deste jorra água" (Ex 17, 1-6)
Esta é uma das tantas passagens que marcaram a história desse povo, mas que tomará nova conotação a partir da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Pedra Angular (Sl 117, 22; Mt 21, 42). A partir Dele, ver-se-á não um, mais muitos "horebs" verterem água, visto que agora essas "rochas" são homens de coração rijo que se deixaram petrificar pelas suas faltas e iniquidades.
A prefiguração do rochedo que jorra água agora se materializa em cada homem cujo "coração de pedra" (Ez 36, 26) será mudado em um "coração de carne" (vers. 26) e, a partir dessa transformação, dele "manarão rios de água viva" (Jo 7, 38); e o único capaz de realizar tal intento é Jesus: daí ter sido ferido em seu lado no alto da cruz de jorrou sangue e água (Jo 19, 34), demonstrado que Ele é o rochedo, Ele é a pedra que se muda em lençol de água, em fonte de água viva, e que é capaz de propiciar o mesmo a todos que Nele crerem.
Verdadeiramente, ante o poder de Deus e o fato de dominar sobre tudo o que existe, pois tudo foi feito por Ele (Jo 1, 3) e tudo se submete a Ele, não é impossível a este Deus extrair água da rocha mais resistente. No entanto, relativamente ao homem a missão se torna mais complexa, por que a graça só se dará mediante uma permissão: a fé.
Daí a Palavra de Deus dizer que Jesus está à porta e bate (Ap 3, 20), desejando receber essa permissão; permissão que lhe foi dada pela samaritana (Jo 4, 1-42) que tocada pela Palavra do "Rochedo da salvação" (Dt 32, 15; Sl 61, 3) verteu tanta água viva que transbordou a outros tantos da vila em que vivia levando muitos a ter a mesma experiência que tivera.
Pedro (a pedra), Paulo, e tantos outros, num encontro pessoal com essa "rocha" deixaram de experimentar dureza, rigidez, insensibilidade, esterilidade, para experimentar e vivenciar alegria, caridade, afabilidade...
No entanto, a despeito de tão miraculosa restauração ser capaz este Deus, a humanidade nunca se mostrou tão empedernida, tão rija, tão reticente, fruto de uma cultura hedonista, relativista, apóstata que cada vez mais se abraça ao pecado dos prazeres fulgazes e momentâneos devotando a eles total devoção.
A despeito dessa triste realidade, o Pai de misericórdia não desiste de esperar o retorno dos "corações de pedra" que andam a esmo e ao sabor das suas concupiscências, como fora com o filho pródigo; persiste em crer que, como aquele filho, "entre-se em si mesmos" (Lc 15, 17), reconheçam-se os erros, arrependam-se e voltem a Ele.
E naquele abraço de amor, o coração de pedra tornará um novo coração. A rocha estéril voltará a verter água viva, pois quem, além de Deus pode realizar tal prodígio?
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.
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