quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Fé e razão: elas se entendem!

Cresci tendo como um dos meus desenhos animados favoritos Tom e Jerry. Era uma diverrsão aquela situação de um gato que fazia de tudo para derrotar um ratinho, e que por ele era sempre sobrepujado o que, claro, o deixava ainda mais cheio de ódio e vontade de realizar seu intento.
Passou o tempo e sem a inocência de criança vim a aprender na escola sobre esse relação gato e rato, dentre elas que não é verdade que gato e rato são inimigos mortais, pelo contrário, quando não incitados pelo homem a este ódio convivem harmonicamente.
Assim me parece que é o que acontece com a relação fé e razão. Quem disse, ou que prova há que ambas não podem ter um convívio harmonioso? Isso foi fruto, mais uma vez, da ação inconseqüente do homem, ou de certos homens que não conseguem vislumbrar esta possibilidade.
Os da razão (Tom) lançam a culpa sobre a Igreja (Jerry), sobre a fé: para eles é a presença inconcebível, quiçá repugnante, indesejável, da fé que tem sido um atraso para a humanidade; para os "Tons" do racionalismo, o crescimento do Cristianismo foi essa instalação do ratinho numa "mansão" belíssima onde tudo estava em acordo e perfeita harmonia, e que por isso essa presença indesejável não pode ser, de forma nenhuma, aceita ou suportada, é uma "peça" que distoa do restante.
O problema é que, no fundo, assim como, o Tom não consegue aceitar que Jerry tenha argumentos e raciocínios capazes de superar a sua suposta "superioridade"; assim também os da razão não conseguem conceber que a fé em alguns aspectos supere a razão, sem contudo em nada ser alienante como tanto afirmam.
Quando Tom tramava suas armadilhas milimetricamente calculadas, embasada numa lógica cartesiana, e via-se frustrado no seu intento porque Jerry conseguia ver além da lógica infalível, enfurecia-se ao máximo; assim também comportam-se os da razão, pois não conseguem conceber que a fé e "ir além", afinal se para eles setenta vezes sete vezes (Mt 18, 22) sempre será quatrocentos e noventa, para os da fé é perfeitamente compreensível saber que Jesus falava de infinito; para os da razão não há vitória na derrota, e Jesus prova o contrário na Cruz do calvário; para eles água e óleo nunca se misturam, mas para os que crêem fé e razão se entendem e se complementam, tanto que o Papa Bento XVI é quem afirma que ambas são as duas asas que permitem o nosso vôo seguro rumo ao céu, pois "fe sem razão é fanatismo e razão sem fé é loucura".
Talvez por isso tenha sido tão horrivelmente ridicularizado pelos "Tons" de uma certa universidade brasileira que naquele teatro de ridicularização deixaram evidente que a razão perde a razão e dá lugar a intransigência e a violência simplesmente por achar que a fé é a intransigência de alienados que se tornam um entrave para um salto de qualidade do homem e da sociedade modernos.
Quando os "tons" perceberem que os "jerrys" respeitam as suas particularidades - salvo naquilo que fere frontalmente a fé e a moral - e que também podem ser um parceiro salutar nessa busca por um homem e uma sociedade melhores onde para isso valores e virtudes não precisam serem jogados no lixo para se alcançar este propósito, certamente estará mais próxima da tão desejada civilização do amor.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.