terça-feira, 31 de maio de 2011

Ninguém tem maior amor...

Do que Aquele que diz: "Dou o Egito por teu resgate, a Etiópia e Sabá em compensação. Porque és precioso aos meus olhos, porque Eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti, entrego nações em troca de ti" (Is 43, 3-4);
Do que Aquele que diz: "Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto das suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, Eu não te esqueceria nunca." (Is 49, 15);
Do que Aquele que diz: "Mesmo que as montanhas oscilassem e as colinas se abalassem, jamais meu amor te abandonará e jamais meu pacto de paz vacilará, diz o Senhor que se compadeceu de ti" (Is 54, 10);
Do que Aquele que diz: "Amo-te com eterno amor, e por isso a ti estendi o meu favor" (Jr 31,3);
Do que Aquele que diz: "Como o Pai me ama, assim também Eu vos amo" (Mt 15, 9);
Do que Aquele que diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho único, para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16);
Do que Aquele que diz: "Ninguém tem maior amor do que Aquele que dá a sua vida por seus amigos" (Jo 15, 13);
Deus e seu Filho Jesus Cristo fizeram a sua parte, cabe a cada um de nós cumprirmos aquilo que foi ordem de Jesus: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amo" (Jo 15, 12), pois "Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor" (I Jo 4, 8).
Provérbios 13, 8 diz: "A riqueza de um homem é o resgate de sua vida,...", logo o sentido maior de seguir a Jesus, e demonstrar este amor a Ele, é levando-O àqueles que necessitam conhecer essa Riqueza; Ele que veio para "servir e dar a sua vida em resgate por uma multidão" (Mt 20, 28), pois só Jesus tem poder dar "vida e vida em abundância" (Jo 10, 10). Para isso conta com aqueles que experimentaram destas promessas em sua vida e tomaram posse destas palavras que são "Espírito e Vida" (Jo 6, 63).
Seja um disseminador deste Amor.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

sábado, 28 de maio de 2011

Amado por Jesus, Odiado pelo mundo...

Um desses muitos ditados que conhecemos, ou já ouvimos falar, diz que amor e ódio andam de mãos dadas: não para este caso. Não quando se trata de seguir a Jesus, não quando se faz uma opção pelo céu.
Jesus diz em Jo 15, 18-19: "Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós. Se fosseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia". Aqui está uma exceção ao dito popular, porém neste caso essa relação amor e ódio faz toda a diferença, pois diz respeito à salvação.
Quem não quer ser amado? Certamente, todos nós! Ser odiado é uma situação que, creio, não seja do desejo de ninguém, também. Mas, quando se diz respeito a Jesus e ao mundo uma ou outra opção fará parte da nossa realidade, com um diferencial: quem faz a opção por Jesus será odiado pelo mundo, porém quem faz a opção pelo mundo não será odiado por Jesus, visto que sendo Ele um com o Pai (Jo 10, 30), e sendo Deus amor (I Jo 4, 8. 16), Jesus é amor, e o ódio não faz parte de sua natureza divina. Assim, essa relação de ódio se faz apenas do mundo para conosco.
Mundo, dentre tantos significados, seria a humanidade como um todo, à parte da sua condição moral ou modo de vida; logo o Senhor estaria falando de todo o gênero humano, que por sua condição corrompida pelo pecado original, tem sua natureza tencionada a rebelar-se contra Deus (Ez 20, 8), a contestar a Deus (Rm 9, 20), a desobedecer (Rm 5, 19). Tanto que em Dt 28, 2 Deus diz: "Estas são as bençãos que virão sobre ti, e te tocarão, se obedeceres à voz do Senhor, teu Deus".
Portanto, a humanidade tende a desobedecer, a ser contrária às ordenações, aos Mandamentos de Deus, visto que o próprio Apóstolo São Paulo reconhece isso quando diz: "Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero" (Rm 7, 19), porém foi fiel no amor a Deus e a Jesus, e como foi odiado pelo mundo: perseguições, prisões, torturas, até a morte. Esta foi a consequência por optar pelo amor a Jesus.
É visível como incomodam-se aqueles que não aceitam a Jesus, que tem nas suas práticas pecaminosas algo natural e permissivo, como se contrariam ao serem confrontados com a Palavra que combate todas esses maus comportamentos, como é irritante ouvirem que aquilo que fazem ou praticam julgando ser normal, banal, no fundo é prática de morte...Logo alteram a voz, a fisionomia, as palavras são agressivas e grosseiras, e se se insiste, logo vem a ameaça até de agressão, ou uma atitude mais ríspida.
Tudo isso porque amam o que fazem, cegos que estão pelo pecado, que mostra tudo como permitido; tornaram-se reféns dos apetites da carne, e a ela satisfazem de todas as maneiras. Ao verem-se afrontados pela Verdade não suportam, daí o ódio: ódio à Palavra, ódio a Jesus, ódio a quem não se dobra às enganações do inimigo.
Ciente desta realidade é que se tem de fazer uma opção: ser amado por Jesus, odiado pelo mundo e ser salvo, ou deixar-se seduzir pelas falsas delícias deste mundo e condenar-se. Esta decisão tem de ser fruto de uma experiência profunda com Jesus para que mesmo sabendo das consequências não se esmoreça ao deparar-se com o que o Senhor já alertava.
Paulo, a partir desta experiência, fez a sua escolha: "pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura poderá nos apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8, 38-39). A decisão é sua!
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Católicos ou caóticos?

Ao assistir um vídeo de um show de Pe. Zezinho de quase vinte anos atrás, ele nos seus agradecimentos iniciais, fez menção, também, aos irmãos evangélicos que estavam na platéia com o seguinte comentário: "Sei que muitos irmãos de outras religiões vem aos meus shows porque sabem que não pretendo converter ninguém para a minha religião, pois já tenho quase trinta anos de padre e gastei todo esse tempo buscando converter os católicos para o catolicismo"; foi ovacionado naquele momento.
E essa é a realidade: muitos católicos precisam aprender a serem católicos. Ontem ao assistir um programa que tinha como temática o aborto fiquei com um misto de decepção, raiva, indignação, e ao mesmo tempo lembrando das palavras de Jesus na cruz: "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34). Refiro-me, há um grupo de senhoras que participaram do programa pertencentes a uma ONG intitulada: "Católicas pró-aborto", provavelmente influenciadas por uma outra organização fundada por mulheres "católicas" no México intitulada "Católicas pelo direito de decidir", também defensoras deste crime.
É lastimável ver como pessoas que professam uma fé são capazes de tão grande contra-testemunho, fundamentadas em argumentos enganadores como: "é melhor tirar por uma via legal e segura, que fazê-lo clandestinamente e perder a vida" ou "antes não ter do que ter e depois gerar mais um que vai para a lata de lixo, ou virar um marginal" ou "se é para ter e sofrer, pois não tenho condições de criar, melhor não ter!"...
Qualquer um desses argumentos, ou qualquer outro que se utilize, é inaceitável, pois vê-se que o centro da decisão não está na criança, mas na própria pessoa, há isso dá-se o nome de egoísmo. Infelizmente essas senhoras "católicas" estão apoiando o inverso dos pressupostos evangélicos onde nosso Senhor Jesus sempre deixou claro que o próximo e a vida são os bens mais preciosos aos olhos do Pai. Logo, a defesa do aborto é ir frontalmente de encontro ao que ensinou Jesus, logo não é ser católico.
Certamente, essas senhoras não leram ainda, Ex 30, 19, que já foi tema de Campanha da Fraternidade, onde Deus diz: "ponho diante de ti a vida e a morte, a benção e a maldição. Escolhe, pois, a vida para que vivas com a tua posteridade", fazem críticas ao Papa e a Igreja que se posiciona contra esta prática por saber que isso não é questão de saúde pública ou social, mas é fruto da promiscuidade e da devassidão que grassa no meio da sociedade, fomentada pelos meios de comunicação que são, também, os defensores ferrenhos desse absurdo.
"O meu povo se perde por falta de conhecimento", já profetizava Oséias 4, 6, não buscam o conhecimento de Deus que só chega a nós em plenitude a partir de uma conversão profunda a Jesus Cristo, por isso que São Paulo já dizia: "Quando o que é perfeito chegar, o imperfeito desaparecerá" (I Cor 13, ). Tudo isso é fruto de uma natureza imperfeita, corrompida pelo pecado, que veda às verdades evangélicas levando esses ignorantes a agirem ao bel prazer das suas convicções pessoais, na maioria das vezes equivocadas e que são afronta aos Mandamentos de Deus.
Oremos, todos Católicos de verdade, tementes a Deus, obedientes à Palavra de Deus e à Igreja, unidos num só clamor a Deus para que esses irmãos equivocados, que no momento não se comportam como católicos apóstólicos, mas como "caóticos apóstáticos" tenham as escamas dos olhos retirados, como São Paulo, e que caiam em sí, como aquele filho pródigo, arrependam-se desta posição lastimável e passem a defender a vida, bem maior de todos.
Deus as abençoe e lhes perdoe tão grande pecado em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Um pouco mais de nós!

Ao se observar pessoas que se destacam em determinadas profissões, fica-se sabendo depois que a receita do "sucesso" foi o empenho, a perseverança, a doação em prol de atingir um determinado patamar de excelência.
Tem-se vários exemplos de cantores que passaram horas a fio estudando e praticando técnica volcal; músicos que fizeram o mesmo para dominar o uso do seu instrumento; jogadores de futebol que repetiam à exaustão o mesmo exercício para tornarem-se, por exemplo, exímios cobradores de falta...Extrapolam seus limites para alcançar um propósito.
Quando medito sobre isso em relação à missão de evangelizar, que é o propósito de Deus para todo batizado: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura, quem crer e for batizado será salvo..." (Mc 16, 15-16), constato que o empenho, a perseverança, a doação andam longe de ser a mesma, por quê será?
Talvez, porque obstina-se em acumular tesouros (fama, fortuna, status) para este mundo, pois já dizia Jesus: "Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração" (Mt 6, 21); para servir a Deus o coração deve estar em outro tesouro: o céu; e o céu passa pelo próximo, pelo irmão. Nesse caso é necessário esquecer o eu para pensar nele, e perseverar pelo outro necessita um pouco mais de nós, tanto quanto alcançar satisfações pessoais. Porém, num mundo cada vez mais contaminado pelo consumismo e individualismo, o próximo tem sido, cada vez mais, algo que não está na nossa pauta de prioridades e assim pode-se, até hoje, ouvir o clamor do Senhor pedindo operários para a messe, pois "grande é a messe, mas poucos são os operários" (Lc 10, 2).
Diz o Senhor Jesus: "ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem a traça nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam" (Mt 6, 20), que assim possamos ter no próximo este tesouro, e que no empenho da oração, na partilha da Palavra, no testemunho pessoal, aperfeiçoemo-nos em conquistar vidas para Deus e assim possamos ser desconhecidos para este mundo, mas reconhecidos pelo Pai, e Dele receber o grande galardão: a coroa da vitória.

Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

domingo, 22 de maio de 2011

Não há outro caminho: Só há este Caminho!

Desde que o homem deixou-se enganar por satanás e pecou, passou a ter como parte da sua natureza corrompida, a empreitada por caminhos opostos ao que leva a Deus tanto que, quando alguém é adjetivado por "desviado", significa que afastou-se dos caminhos do Senhor.
Portanto, é fato: o homem trás em sí essa tendência a seguir a sua própria razão, a sua própria vontade, logo, a tendência de abandonar o caminho correto, o caminho de Deus.
Tem sido esta, então, a empreitada do nosso Pai: trazer de volta o homem ao caminho certo, ao caminho que o levará de volta ao destino melhor: o céu, porém, o homem no uso de seu livre arbítrio julga ter a possibilidade de encontrar êxito por outros percursos, acreditando serem qualquer um deles válidos, no entanto, Provérbios 14, 12 diz: "Há caminho que parece reto ao homem, porém é o caminho da morte".
Deus sabendo, e vendo essa realidade, tentou de todas as maneiras indicar esse caminho ideal através dos profetas, dos reis, e não obtendo êxito, lançou mão daquilo que já havia prometido desde o pecado original: seu Filho Único, Jesus, pois "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho único para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16).
Jesus sendo o cumprimento dessa promessa vem afirmar em Jo 14, 6: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida ninguém vem ao Pai senão por mim". Ele vem afirmar isto: "Não há outro caminho, mas este Caminho!".
Chegar a Deus tem que haver conversão, renúncia e libertação do pecado e Jesus disse: "Se, portanto, o Filho os libertar, sereis verdadeiramente livres" (Jo 8, 36); chegar ao Pai tem que haver santidade (I Ts 4, 3), e Jesus disse: "Santifica-os pela verdade. Tua Palavra é a verdade" (Jo 17, 17), e Jesus é a verdade; chegar ao Pai há que haver que guie no caminho certo, que o leve à Vida, e não à morte; e só consegue ser guiado corretamente aquele que dá ouvidos à voz correta, e Jesus diz: "as ovelhas seguem-no, pois lhe conhecem a voz (...). Eu sou o bom pastor" (Jo 10, 4.11)", quem o segue terá "vida e a terá em abundância" (Jo 10, 10).
O Salmo 1, 1-2 (tradução da Bíblia Ave Maria) discorre sobre "Os dois caminhos" onde diz que : "FELIZ é o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta a mesa dos escarnecedores ; se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite"; estes serão "como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende prospera." (vers. 3), pois "o Senhor vela pelo caminho dos justos" (vers. 6). Aos ímpios diz que "são como palha que o vento leva, (...) e seus caminhos os "leva à perdição" (vers. 4. 6).
Diante dessa constatação é visível que só há um caminho a seguir: Jesus Cristo, outro caminho é enganação do maligno. Não se deixe iludir ou enganar, pois o próprio Senhor Jesus já alertava: "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram" (Mt 7, 13). O mundo nos mostra as portas largas; escolha a Jesus, porta estreita, mas escolha a vida.
Deus te abençoe e te conduza pelo caminho correto em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

"Eu sou o Pão da Vida" (Jo 6, 35)

Jesus em frases como esta incendiava a cólera dos fariseus e doutores da lei, pois cada parte desta afirmação soava como verdadeira blasfêmia, por isso que foi tão perseguido.
Toda vez que usava a afirmação "Eu Sou" já era mais que motivo para levar àqueles homens à ira, pois, "Eu sou" era a maneira como se referiam a Deus, segundo o diálogo do Pai com Moisés onde ao ser enviado a faraó afim de libertar o povo cativo, pergunta a Deus: "que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome?" (Ex 3, 13), e Deus responde: "Eu Sou Aquele que Sou. E ajuntou: "Eis como responderá aos israelitas: (Aquele que se chama) Eu Sou envia-me junto de vós" (Ex 3, 14).
Assim, o povo israelita referia-se a Deus como o "Grande Eu Sou", e ao vir Jesus com tal afirmação era de deixar perturbado não só os sábios e doutores, mas o povo em geral, o que era motivo de, algumas vezes ter sido quase morto ao ser levado ao alto de um monte (Lc 4, 29) e quase apedrejado(Jo 10, 31).
Quando no discurso do Pão de Vida fala ao povo que "vosso pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o Pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer" (Jo 6, 49-50), e quando diz que "E o pão que Eu hei de dar é a minha carne para a salvação do mundo" (vers. 51), o impacto é tão grande que "muitos dos seus discípulos, ouvindo-o disseram: "Isto é muito duro! Quem o pode admitir?" (vers. 60), "muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com Ele" (vers. 66), restando apenas os doze (vers. 67).
Seguir Jesus é necessário ter fé, é somente pela fé, professada pela Igreja, na pessoa dos Apóstolos e transmitida às gerações, que se vive essa certeza que Jesus é o Senhor, que é um com o Pai, pois disse a Felipe: "Aquele que me viu, viu também o Pai" (Jo 14, 9), que Ele está presente na Eucaristia fazendo-se o Pão da vida concretamente a cada Santa Missa.
Jesus assim ensina que o pão é alimento, e Ele é o verdadeiro alimento, que o pão é para ser dividido, partilhado, para alimentar a outros, que o pão antes foi trigo, que foi semente, semente que deve ser plantada para gerar mais frutos, assim o foi com o Senhor (Jo 12, 24).
Creiamos pela fé que Jesus é o Pão da vida presente concretamente a cada celebração para que se cumpra o que disse: "Quem comer deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 51).
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

domingo, 8 de maio de 2011

Maria: em todos os sentidos, modelo de mãe!

Se houve neste mundo alguém em quem se espelhar como modelo, exemplo de maternidade essa pessoa é, indubitavelmente, Maria.
Uma gravidez sui generis: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascerá de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1, 35), ou seja, uma gravidez na adolescência, onde o pai não era deste mundo, noiva, risco de apedrejamento, todas as circunstâncias para uma gravidez problemática, como muitas por aí vivem ao engravidarem na adolescência, de um pai que talvez não irá assumir suas obrigações, risco de ser posta pra fora de casa...
O parto dá-se numa estrebaria, por falta de abrigo (Lc 2, 7), assim como tantas mães que por falta de lugar digno, como um hospital, dão a luz na rua, na calçada, num banheiro, ou seja, sem as mínimas condições.
Após o nascimento, a perseguição por parte do rei que queria tirar a vida do menino mandando matar todas as crianças de dois anos para baixo (Mt 2, 16), tendo assim que fugir para um país distante; quantas mães tem, também, seus filhos vítimas de violência nos primeiros dias de vida? Algumas violentadas, abandonadas, abusadas, mortas, por pais, padrastos, ou outros, vítimas da maldade do rei (satanás).
Maria cumpre os preceitos da lei, leva Jesus ao Templo para ser apresentado e circuncidado como fazem as mães conscientes de cumprir os príncipios cristãos: levam seus filhos à Igreja para que seja batizados (tornando-os novas criaturas e incorporando-os à Igreja).
Vive a experiência de toda mãe quando o filho resolve aprontar deixando o coração cheio de aflição; foi o que sentiu Maria ao procurar Jesus entre os parentes e não o encontra , vai encontrá-lo no Templo no meio dos doutores da lei, ao contrário de muitas que infelizmente vão encontrar os seus em meio a pessoas de má índole.
Já adulto, por meio de um pedido especial daquela mãe, Jesus apressa seu primeiro milagre antecipando o seu ministério; tipíco de todo filho que não se nega a um pedido especial e carinhoso de mãe.
Como mãe sabedora da missão do filho não interfere na sua missão, tanto que por apenas uma vez vai ao encontro de Jesus, assim como muitas mães que entendem que o filho ao atingir sua independência não buscam interferir, mas estão sempre a acompanhar de perto, mesmo que discretamente como fez Maria.
Ela também viveu a pior parte: a perda, a morte de seu filho. Uma morte cruel, terrível, injusta, visto que um inocente foi condenado e morto tendo que passar por uma via dolorosa de uma violência como nunca se viu igual, e ela acompanhou tudo, até o último suspiro numa cruz, chorando lágrimas de sangue. O mesmo que muitas mães passam ao vivenciarem a morte de um filho de maneira violenta e absurda.
Indubitavelmente, Maria foi como qualquer mãe de todas as épocas, com uma diferença: Nenhuma soube viver a intensidade da alegria de gerar e ter nas mãos um filho, nem a intensidade da dor de perder um filho como ela. Por isso que todas as mães deveriam sempre se unir a Maria na alegria da chegada, como na dor da partida de um filho.
Que Deus abençoe todas as que já são, estão por ser, e desejam um dia serem mães e que o modelo de Maria as acompanhe nessa doce e laboriosa tarefa.
Deus as abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Deus não soma, multiplica!

Deus quando se refere à sua maior obra: o homem, nunca é econômico, mas sempre é por demais liberal e generoso o que se pode constatar em várias passagens do Velho ou Novo Testamento.
Na Criação em seis dias transformou a terra, que era informe e vazia, para nela povoar, em quantidade imensurável, o número de plantas, animais, e demais organismos, tudo em vista daquilo que seria a obra prima. O homem teve desprezo por tudo isso, veio a destruição pelo dilúvio, mas Deus desejou, por amor, que tudo fosse restabelecido. Escolheu o menor de todos os povos (Dt 7, 7): os hebreus, para a partir de um homem: Abrão (Gn 12, 2) e prometeu-lhe que sua posteridade seria numerosa como a areia da praia e as estrelas do céu (Gn 22, 17), uma multiplicação. Assim se cumpriu.
Próximo a entrarem na terra de Canaã Deus prescreve a Moisés, afim de que sejam repassadas ao povo, bençãos e maldições que sobrevirão sobre eles caso não cumpram os mandamentos. Sobre as bençãos garante: "O Senhor teu Deus cumular-te-á de bens, multiplicará o fruto de tuas entranhas, o fruto de teus animais, o fruto de tua terra, na terra que jurou a teus pais dar-te." (Dt 28, 11). Ao obedecerem abundância; ao desobedecerem, penúria.
Posteriormente, em relação a Davi Deus afirma: "À semelhança do exército celestial, que se não pode enumerar, e como à areia do mar, que não se pode medir, assim multiplicarei a posteridade de Davi, meu servo, e os levitas, meus ministros" (Jr 33, 22). É sabido que essa posteridade multiplicar-se-á em virtude da vinda do Rei dos reis: Jesus Cristo e daqueles que Nele crerão.
Finalmente, à encarnação de Jesus continuar-se-á a ver as obras multiplicadoras de Deus. Jesus multiplica o vinho (Jo 2, 1-12), multiplica os pães por duas vezes (Jo 6, 1-15), multiplica talentos (Mt 25, 14-30), multiplica os frutos (Mt 13, 23), enfim, multiplica o número de seguidores (Jo 6, 5), visto que Deus é um Deus de abundância.
Os apóstolos, após Pentecostes, vão continuar essa multiplicação: Pedro prega e converte quase três mil (At 2, 41), posteriormente "o número dos fiéis elevou-se a mais ou menos cinco mil" (At 4, 4), e assim a cada geração este multiplicar vem se consolidando até chegar aos dias atuais onde aqueles que ouviram esta Palavra, creram e tornaram-se de Jesus são hoje milhões.
Deus, em Jesus Cristo, continua a atualizar essa promessa de fazer a multiplicação nas nossas vidas, não importando sua condição de pecado, pois até para estes Ele diz: "Onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Rm 5, 20); aos que derem ouvidos à sua voz Ele afirma: "Ouve, meu filho, recebe minhas palavras e se multiplicarão os anos de tua vida" (Pv 4, 10) e serão anos de "vida e vida em abundância" (Jo 10, 10).
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

"Uma só coisa te falta..." (Mc 10, 21)

O homem é um ser que vive em constante busca. Buscamos liberdade, auto-afirmação, realização em todos âmbitos, amizades sinceras, enfim felicidade...Busca, busca, buscamos tudo, em todos os lugares, em coisas e pessoas, mas fica sempre faltando! É uma lacuna, um espaço que não consegue ser preenchido, por quê?
Porque a busca desta completude se dá a partir do imperfeito; a liberdade que este mundo oferece é imperfeita, pois em dado momento percebe-se que o gozo desta ao bel prazer da autonomia de fazer-se de tudo sem limites nem restrições, constatará que essa prática trás mais tristeza e vazio que alegria e preenchimento; e assim a busca continua.
Tenta-se, então, a satisfação na realização pessoal através de bons empregos, condição financeira condizente, que a princípio trará satisfação, pois credita-se, ainda, felicidade há uma situação financeira privilegiada, mesmo assim a tristeza e o vazio, em dado momento voltam a perturbar; e a busca continua.
Quem sabe nas amizades? Pois, assim terei a companhia de pessoas diletas, que somadas a minha realização profissional e financeira, desfrutando da liberdade de agir sem limites terei essa lacuna preenchida; mas, logo terá a constatação que muitas daquelas amizades são de ocasião e interesse, não amizades sólidas e desinteressadas...e assim, a busca continua.
Vou, então investir em me preencher com bens materiais, superfluidades, futilidades, mas muito rapidamente, também se observa que a completude não está lá, e a busca tem seu prosseguimento.
Em dado momento, vem o cansaço, a angústia, e o questionamento: "Por quê não consigo ser feliz? Por quê esse vazio, essa insatisfação se tudo possuo?". Esta pergunta chegou ao coração daquele jovem rico (Mc 10, 17-25), então ele foi ao único que podia responder: Jesus! E sem rodeios pergunta: "O que farei para alcançar a vida eterna?" (vers. 17) e Jesus responde: "Uma coisa só te falta, vai vende tudo o que tens dá aos pobres e terás um tesouro no céu" (vers. 21).
A sequencia da narração diz que "o jovem entristeceu-se e foi-se abatido, porque tinha muitos bens" (vers. 22). No Evangelho de São Mateus 19, 21 Jesus ao responder a esse jovem diz: "Se queres ser perfeito, vai vende tudo...."; ele buscou a solução para sua incompletude, e ao ouvir que todo vazio, toda lacuna não pode ser preenchido pelo que é imperfeito, mas por Aquele que é Perfeito, preferiu a primeira opção.
São Paulo em I Cor 13, 10 diz: "Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá", quando a busca do homem deixar de ser focadas em coisas e pessoas imperfeitas, para aceitar o Perfeito então, enfim, a busca do preenchimento desses espaços e lacunas, cessará, pois o escritor russo Dostoyevsky uma vez declarou: "O homem possui um vazio do tamnho de Deus". Logo, o único que pode preencher este vazio é Deus, é Jesus.
Enquanto o homem não se render a esta verdade continuará sua busca infrutífera, tendenciando ao desênimo, à tristeza, à melancolia, e até depressão, pois somente Jesus é a solução. Portanto, "Buscai o Senhor, já que Ele se deixa encontrar; invocaio já que está perto" (Is 55, 6) e tenha a verdadeira felicidade.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Necessário vos é nascer de novo!" (Jo 3, 7)


O diálogo entre Jesus e Nicodemos (Jo 3, 1-15) é repleto de ensinamentos que acolhidos pela fé farão toda a diferença na vida de quem deles se apropria.
Primeiro o fato de ter ido a Jesus às escondidas (vers. 2), por receio da reação dos seus pares, visto que os doutores da lei eram os maiores adversários de Jesus, demonstrando uma preocupação com seu status, sua posição e importância perante os demais. E quantos buscam a Jesus às escondidas por medo, receio do que os "amigos" irão achar, irão falar, por temor de suas reações cheias de críticas, escárnios e deboches?
Em segundo o fato de reconhecer a Jesus como profeta e íntimo de Deus (vers. 2), mas que em seguida ao seu argumento é interrompido pelo Senhor que diz: "quem não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus" (vers. 3). E aturdido por tal argumento questiona: "Como pode um homem renascer sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?" (vers. 4).
Nicodemos foi a Jesus com um conhecimento superficial: "um profeta que realiza prodígios em nome de Deus", não conseguia compreender que diante de sí estava o Filho de Deus, o Messias, o Emanuel, O Senhor...E só consegue ter essa percepção quem passa por uma experiência pessoal, como foi com a samaritana, que a princípio só conseguia ver em Jesus um judeu e profeta. Assim, a compreensão superficial daquele homem não foi capaz de entender o que Jesus queria dizer, assim como a samaritana também não compreendeu quando Jesus diz: "Se soubesses quem te pede água, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva" (Jo 4, 10), e assim como Nicodemos faz um questionamento que demonstrava sua falta de entendimento.
Jesus vem fazer cumprir-se a profecia de Isaías 28, 14: "Destruirei a sabedoria dos sábios e a prudência dos prudentes", pois um doutor da lei agia como um ignorante, de pouco conhecimento. E assim acontece com aquele que ao ir à presença de Jesus não souber se portar de forma a saber que não existe grau de conhecimento que possa fazer frente à suprema Sabedoria do Senhor. Daí tantos serem confundidos como foi Nicodemos.
Face ao argumento do fariseu, Jesus dá a indicação de como "nascer de novo": "quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no reino de Deus" (vers. 5). O Senhor fala do Batismo onde a água limpa, remove, retira toda a sujeira do pecado; o Espírito santifica, pois São Paulo em I Tes 4, 3.7: "Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza. (...), pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade", e é sabido de todos que no céu só entram batizados, mas aqueles que renunciaram o pecado para viver em santidade, pois a Palavra de Deus em I Pe 1, 16, lembrando o Lv 11, 44 diz: "Sede santos, porque Eu sou santo".
Assim, Jesus convidava Nicodemos à conversão, a um recomeço, a abandonar as velhas convicções e práticas, para ser um homem novo que não terá mais vergonha de buscar o Senhor às claras, que não verá Jesus na superficialidade, mas agora o reconhece como Senhor e Salvador, que pelo Batismo adere à causa do Evangelho, praticando-o e propagando-o.
A Bíblia vai falar de Nicodemos em dois outros momentos: na discussão sobre a decisão de matar a Jesus, onde é questionado pelos seus companheiros de estar do lado do Senhor (Jo 7, 50), e após a morte de Jesus quando, juntamente com José de Arimatéia, o retiram da cruz e sepultam (Jo 19, 39). Certamente, após aquele diálogo com Jesus Nicodemos não foi mais o mesmo.
Querido irmão (ã) Jesus nos convida a abandonarmos as velhas práticas de pecado e impureza para aderirmos a Ele por meio do Batismo e sua vivência prática como cristão comprometido com a causa do reino de Deus. A todos está endereçada a frase: "Necessário vos é nascer de novo". Aceite a Jesus e viva essa experiência incomparável de perceber que era "morto" pelo pecado, mas "nasceu de novo" pela graça da ressurreição em Jesus.
Deus te abençoe em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.